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O opositor José Daniel Ferrer, líder da União Patriótica de Cuba (UNPACU), mantém seu trabalho humanitário em Santiago de Cuba, oferecendo alimentos e assistência a pessoas em situação de vulnerabilidade.
Em uma mensagem em sua conta do Facebook, Ferrer contou como, junto à sua família e com o apoio de cidadãos solidários, conseguiram alimentar na quinta-feira mais de 260 pessoas necessitadas.
"Hoje, fornecemos alimentos a mais de 260 pessoas vulneráveis. Até os alimentos da tarde nós distribuímos. Apenas deixamos os do menino. Os adultos comeremos pão e batido de bananas burros (fongos). Mas que linda cadeia de solidariedade entre os cubanos de dentro e do exílio!", afirmou.
Ferrer destacou as doações espontâneas que receberam, desde um vendedor de refrigerante até outro de vinagre, assim como a contribuição de lenha por parte de alguns beneficiados com sua ajuda. "A solidariedade e o serviço são muito necessários em tempos de graves crises", ressaltou.
Esta labor altruísta não é nova. No dia 14 de fevereiro passado, Ferrer e sua esposa, a doutora Nelva Ismaray Ortega, igualmente atenderam a dezenas de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Em uma mensagem em sua conta de X, detalhou como ambos combinam suas atividades solidárias com sua vida familiar, apesar das dificuldades impostas pelo regime.
“Enquanto minha esposa, a Dra. Nelva Ismaray Ortega, atende pacientes e outros assuntos, eu atendo dezenas de pessoas durante o dia: familiares de presos políticos, chamadas de presos políticos e comuns, ativistas vítimas de repressão ou com outros problemas sérios. Enquanto enfrentamos os muitos problemas que o regime nos impõe, atendemos com amor ao nosso filho. Estou fazendo um purê de malangas. Muito caras, por sinal”, expressou.
Antes de ser encarcerado, Ferrer já realizava essas ações, enfrentando constantes ameaças e assédio por parte do regime. Durante a pandemia, as autoridades tentaram proibir seu trabalho humanitário, mas ele se recusou a interrompê-lo.
A Segurança do Estado chegou a impedir que as pessoas chegassem aos pontos de entrega de ajuda, em uma tentativa de conter seu impacto na comunidade.
Ferrer foi liberado em 16 de janeiro após passar três anos e meio na prisão. Sua libertação fez parte de um acordo entre o regime cubano, o Vaticano e os Estados Unidos, que previa a liberação gradual de 553 presos políticos, algo que o governo comunista está pausado após a reincorporação de Cuba à lista de países patrocinadores do terrorismo.
Incluso após sua libertação, Ferrer continuou enfrentando o assédio por parte das autoridades comunistas. No dia 27 de janeiro, rejeitou uma citação policial em Santiago de Cuba, afirmando que não acataria a ordem e que a prisão não o intimida.
Além disso, em fevereiro foi novamente citado pelo Tribunal Municipal Popular de Santiago de Cuba, ao que respondeu que não reconhece o tribunal e que está disposto a enfrentar as consequências de sua negativa.
Ferrer também denunciou a vigilância constante da polícia política, incluindo o uso de drones para monitorar sua residência em Santiago de Cuba. Apesar dessas intimidações, ele reforçou seu compromisso com a luta pelos direitos humanos e o bem-estar do povo cubano.
Apesar da repressão e das dificuldades impostas pelo governo, Ferrer e sua esposa continuam seu trabalho, fortalecendo uma rede de solidariedade que se mantém firme diante da crise que o povo cubano está atravessando.
Perguntas frequentes sobre o trabalho humanitário de José Daniel Ferrer em Cuba
Que tipo de ajuda José Daniel Ferrer oferece em Santiago de Cuba?
José Daniel Ferrer, líder da União Patriótica de Cuba (UNPACU), se dedica a oferecer alimentos e assistência a pessoas em situação de vulnerabilidade em Santiago de Cuba. Ferrer, junto com sua família e cidadãos solidários, conseguiu alimentar mais de 260 pessoas necessitadas em um único dia, demonstrando seu compromisso com a comunidade apesar das dificuldades impostas pelo regime cubano.
Como o governo cubano reagiu às ações humanitárias de Ferrer?
O governo cubano tem tentado em várias ocasiões impedir as ações humanitárias de José Daniel Ferrer, impondo restrições e um constante assédio. Durante a pandemia, as autoridades tentaram proibir seu trabalho humanitário, mas Ferrer se recusou a interrompê-lo, enfrentando ameaças e repressão. Mesmo após sua libertação, Ferrer continuou a ser vigiado e assediado pelas autoridades comunistas de Cuba.
Qual é o estado atual de José Daniel Ferrer após sua liberação?
José Daniel Ferrer foi liberado no dia 16 de janeiro após passar três anos e meio na prisão como parte de um acordo entre o regime cubano, o Vaticano e os Estados Unidos. Apesar de sua liberação, Ferrer tem continuado a enfrentar assédio e restrições por parte do governo cubano, incluindo a limitação de seu acesso à Internet e intimações policiais que ele tem rejeitado abertamente.
Qual é o impacto do trabalho de Ferrer na comunidade cubana?
A labor de José Daniel Ferrer teve um impacto significativo na comunidade cubana, especialmente entre aqueles em situação de vulnerabilidade. Seu trabalho fortaleceu uma rede de solidariedade entre cubanos dentro e fora da ilha, ressaltando a importância do apoio mútuo em tempos de crise. Apesar da repressão governamental, Ferrer continua sendo um símbolo de resistência e compromisso com os direitos humanos e o bem-estar do povo cubano.
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