EUA revela novos detalhes sobre deportação de imigrantes para Guantânamo: "O pior dos piores"

Centenas de soldados preparam as condições na Base Naval para acolher milhares de migrantes.


Foram apenas dez os imigrantes ilegais, membros da gangue Tren de Aragua, que chegaram nesta terça-feira à Base Naval de Guantánamo, conforme confirmaram as autoridades americanas nesta quarta-feira.

Por enquanto, desconhece-se a nacionalidade dos escolhidos, mas todos eles tinham graves antecedentes criminais.

Diversas publicações de autoridades americanas destacaram que em Guantánamo estarão destinados os piores criminosos.

“Os piores dos piores criminosos serão mantidos na instalação militar. Donald Trump foi muito claro: na baía de Guantánamo serão encarcerados os piores dos piores", destacou no X o Departamento de Segurança Nacional (DHS).

“Já começaram os voos para a baía de Guantánamo. O pior dos piores não tem lugar em nossa pátria”, escreveu a CBP no X.

Kristi Noem, a atual Secretária de Segurança Nacional, também se destacou.

“As prisões dos últimos dias incluem assassinos condenados, estupradores, abusadores de menores, narcotraficantes, membros da gangue MS-13 e membros de cartel. Sob o governo do presidente Trump, os Estados Unidos não são mais um refúgio seguro para criminosos violentos”, sentenciou na referida rede social.

Imagens publicadas pelo Ministério da Defesa mostram que em águas da Base Naval está ancorado o navio de combate litoral USS St. Louis (LCS 19), onde sua tripulação colabora na expansão do Centro de Operações para Migrantes como parte da Operação Guarda Sul, segundo relata um comunicado.

"Em cumprimento a uma ordem do presidente dos Estados Unidos, o Departamento de Segurança Nacional (DHS) e o Departamento de Defesa (DOD) desplegaram pessoal militar para apoiar as operações de deportação lideradas pelo DHS na estação naval. Para executar esta diretiva, o Comando Sul dos EUA estabeleceu uma Força-Tarefa Conjunta de Operações Migratórias na base", acrescenta o documento."

Nas imagens, vê-se numerosos militares montando tendas de campanha de expedição e outras infraestruturas logísticas para ampliar o Centro de Operações para Migrantes.

A primeira fase desta expansão permitirá abrigar até 2.000 migrantes, com fases futuras programadas para aumentar ainda mais sua capacidade.

Primeiras imagens dos dez migrantes deportados para a Base Naval

O governo dos Estados Unidos divulgou nesta terça-feira as primeiras imagens de imigrantes transferidos para a base naval de Guantánamo, em Cuba, como parte da política de deportação do presidente Donald Trump.

As fotografias, divulgadas pela secretária de Segurança Nacional Kristi Noem, mostraram um grupo de pessoas vestidas com uniformes cinzas e com as mãos algemadas, escoltadas por agentes de segurança.

Há menos de uma semana, Trump anunciou a construção de um centro de detenção na Base Naval de Guantánamo, com capacidade para abrigar até 30.000 migrantes.

Esta medida faz parte de sua estratégia para reforçar o controle da imigração ilegal e deter aqueles migrantes acusados de crimes graves que não podem ser deportados para seus países de origem.

O plano gerou críticas e preocupações em nível internacional. O governo cubano rejeitou energicamente a decisão, classificando-a como "brutalidade" e advertindo sobre possíveis "sérias consequências" para a estabilidade regional.

Além disso, organizações de direitos humanos expressaram preocupações sobre o uso de Guantánamo, conhecido por seu histórico de violações de direitos humanos, como centro de detenção para migrantes.

Apesar das críticas, a administração Trump defendeu a medida como uma solução para aliviar a pressão sobre os centros de detenção em território estadunidense e gerenciar de maneira mais efetiva a crise migratória.

O secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou que o Departamento de Defesa está coordenando esforços para habilitar áreas dentro da base para esse propósito.

Este desenvolvimento se insere em uma série de ações da administração Trump destinadas a intensificar as deportações e suportar as políticas migratórias, incluindo a ampliação das deportações aceleradas e a suspensão de vistos a países que não cooperam na aceitação de seus cidadãos deportados.

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