Uma cubana é assassinada em plena via pública em Havana.

O suposto feminicídio ocorreu nesta segunda-feira.

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Uma mãe cubana foi assassinada a facadas na manhã desta segunda-feira por seu ex-parceiro no meio da rua, no município do Cerro, em Havana, conforme relatado nas redes sociais.

A vítima -identificada como Dianelis Veloz Hernández- havia acabado de deixar seus filhos na Escola Primária "Reinel Páez", localizada na interseção da Calzada de Buenos Aires com a Consejero Arango, quando foi interceptada por seu ex-parceiro na rua, conforme revelou no Facebook o portal de notícias La Tijera com base em informações de fontes familiares da vítima.

A mulher e o homem começaram a discutir, então ele a agrediu com várias facadas, uma delas no pescoço.

Segundo testemunhas oculares do crime, os dois discutiram por dinheiro. Ela dizia que o tinha em casa e o homem, em um momento, aparentou estar a abraçando e nesse instante a esfaqueou.

O assassino -identificado pelos familiares da vítima como Johnny González- foi internado de emergência e passou por uma cirurgia, mas não se sabe em qual hospital.

Embora a fonte citada não tenha especificado, na seção de comentários da publicação, vários internautas esclareceram que o agressor foi hospitalizado porque, após cometer o feminicídio, se autoagrediu.

Nas redes sociais, familiares e amigos de Dianelis reagiram com dor ao feminicídio, que deixou pequenos órfãos.

Até o fechamento desta nota, plataformas feministas não informaram sobre o que poderia se tornar o feminicídio número 44 verificado até o momento neste ano.

Neste dia 28 de outubro, o Observatório de Gênero Alas Tensas (OGAT) e o YoSíTeCreo em Cuba (YSTCC) verificaram outro feminicídio ocorrido em plena rua, neste caso em Santiago de Cuba, no dia 24 de outubro.

Na semana passada, Tamara Carreras Martínez, de 57 anos e funcionária da Universidade de Oriente, foi atacada por seu parceiro em uma rua do centro da cidade de Santiago de Cuba. O agressor foi agredido por vizinhos da área que testemunharam o feminicídio. O atacante foi hospitalizado e, posteriormente, preso.

Até este 28 de outubro, o subregistro realizado pelos observatórios mencionados, até o momento neste ano em Cuba, era de 43 feminicídios, cinco tentativas de feminicídio, seis casos que necessitam de acesso à investigação policial e dois assassinatos de homens por motivos de gênero.

Estão sendo investigados também supostos feminicídios em Las Tunas, em Matanzas, em Camagüey e em Guantánamo.

Em agosto, o regime revelou que em 2023 foram julgados em tribunais 60 casos de assassinatos de mulheres de 15 anos ou mais por razões de gênero, dos quais 50 (83,3%) foram assassinadas por seus parceiros ou ex-parceiros, e o restante por outros agressores, de acordo com dados do Observatório de Cuba sobre Igualdade de Gênero.

Também foram julgados 378 casos de violência sexual e um número não especificado de mulheres ficou com ferimentos após ataques de suas ex-parceiros.

No Código Penal cubano, o feminicídio não está tipificado como crime e também não são usados os termos "feminicídio" ou "crime machista".

A Federação de Mulheres Cubanas (FMC), alinhada ao governo, admitiu que mais de 16.000 mulheres e meninas, de 9.579 famílias, vivem em situação de violência no país.

O governo criou em julho um sistema nacional de registro, atendimento, acompanhamento e monitoramento dos casos de violência de gênero no contexto familiar.

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