Identificam o assassino de uma mãe cubana em plena rua de Santiago de Cuba.

O homem foi detido na noite de sexta-feira.

Víctima y policía en el lugar © Facebook / Yosmany Mayeta
Vítima e polícia no localFoto © Facebook / Yosmany Mayeta

O suposto feminicida da cubana Tamara Carreras Martínez, assassinada em plena rua de Santiago de Cuba nesta semana, foi identificado nas redes como Ricardo, um homem residente na rua General Miró, que foi detido pela polícia após os testemunhas do crime lhe terem dado uma surra.

De acordo com relatos do jornalista Yosmany Mayeta Labrada, o agressor foi detido após ser espancado por vizinhos que testemunharam a agressão contra a mulher de 57 anos, que era funcionária da Universidade de Oriente.

"O homem se chama 'Ricardo' e reside na General Miro, entre Martí e Julián del Casal, na reconhecida 'Callejuela'. Segundo minhas fontes, o assassino está fora de perigo, após as lesões recebidas por jovens da comunidade, e desde a noite passada está detido", disse o repórter.

Fontes locais citadas pelo repórter indicaram que, em seu círculo, Ricardo era conhecido pela toxicidade de seus relacionamentos sentimentais.

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Segundo relatos de vizinhos que pediram anonimato, o homem havia demonstrado comportamentos abusivos no passado, e Tamara teria prestado uma denúncia contra ele, sem que ações fossem tomadas pelas autoridades.

"Há alguns anos, manteve uma mulher trancada em sua casa e não a deixava sair, era como sua escrava", relatou uma vizinha.

A vítima, que completaria 58 anos em novembro, residia na rua San Antonio e tinha um único filho, Ariel Despaigne Carreras, que saiu há 15 dias do país para atravessar a rota migratória centro-americana em direção aos Estados Unidos.

Desde o exterior, Ariel expressou nas redes sociais sua dor pela notícia e agradeceu o apoio de vizinhos e conhecidos.

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A Universidade de Oriente, onde Tamara trabalhava na área de Informatização, emitiu uma nota de condolências nas redes sociais lamentando o falecimento da colega de trabalho e estendendo suas condolências à família.

Este caso é o segundo feminicídio registrado em Santiago de Cuba neste mês. Dias atrás, Yucleidis “Cuca” Morales foi assassinada no município de Songo-La Maya, somando mais um crime ao aumento da violência de gênero no país. Caso este novo assassinato seja confirmado como um ato de violência machista, o número de feminicídios em 2024 chegaria a 43, segundo plataformas independentes de monitoramento.

Embora o Código Penal cubano não considere o feminicídio como um crime, em 2023 foram julgados 60 casos de assassinato por razões de gênero.

Mais de 80% das vítimas foram assassinadas por seus parceiros ou ex-parceiros, segundo dados do Observatório de Cuba sobre Igualdade de Gênero. A Federação de Mulheres Cubanas (FMC) reconheceu a situação de violência que afeta mais de 16.000 mulheres e meninas no país e, em julho, o governo estabeleceu um sistema nacional de registro e acompanhamento dos casos de violência de gênero.

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