Cubanos saíram ao passo de Bruno Rodríguez Parrilla, após afirmar que sem o embargo americano o produto interno bruto (PIB) da Ilha teria crescido em 8% em 2023.
O titular das Relações Exteriores deu sua coletiva de imprensa anual sobre o "bloqueio" e, como de costume, tentou atribuir a culpa do atual desastre cubano, em vez de admitir a responsabilidade do regime.
"Os desafios atuais da realidade cubana teriam uma solução melhor e mais fácil se Cuba pudesse dispor de abundantes recursos que o bloqueio lhe nega", afirmou.
Depois de décadas ouvindo o mesmo discurso, os cubanos não se deixam enganar com números falsos de danos materiais causados pelo bloqueio. Sabem que o único responsável pela crise é o governo, com sua insistência em manter a economia planejada e estatal, apesar de seu evidente fracasso, e sua oposição ao emergente setor privado.
"Sem vocês, o PIB teria crescido 100%", afirmou um habanero.
"Se não existisse o sistema político econômico atual (que ainda não conseguimos definir na realidade o que é), teríamos tido um crescimento de 100% ao ano no PIB", assegurou uma engenheira.
"E de não existir o PCC e seu sistema antidemocrático, Cuba poderia ser do primeiro mundo", sublinhou um jovem.
"Essas pessoas vivem se queixando. O 'bloqueio' é a desculpa para sua mediocridade", disse um cubano emigrado e pai de família.
"Se o comunismo não existisse, mais de 8% da população que contribuía para o PIB não teria tido que emigrar", lembrou um cienfueguero.
"Não digo que o bloqueio econômico e comercial não seja parte do problema, mas disso a dizer que teríamos crescimento no PIB. Com o quê? Se não produzimos nada? Turismo?, hahahaha. Desde a Covid isso já não se recupera", apontou outro engenheiro.
"Se Cuba fosse livre, teríamos um país com grandes riquezas, pois a liberdade traz isso. O único bloqueio é o do governo ao povo cubano, eles não têm nada porque tudo é roubado e destruído. As próprias mipymes desmontaram as mentiras que sempre dizem. Por que será que eles importam de tudo e vocês só têm a restante a dizer é o bloqueio?", apontou um emigrado.
"A economia chinesa cresceu 5,2% em 2023, uma das chamadas economias emergentes e de maior crescimento. Como é possível que Cuba, sem infraestrutura, sem indústria, sem agricultura, sem produção de bens e serviços, etc., tenha crescido 8%?", questionou um internauta.
"Se esses dirigentes amam tanto o seu país, como é que preferem vê-lo morrer por falta de alimentos e medicamentos, vê-los passar dificuldades por falta de água, eletricidade ou transporte, vê-los ir embora por falta de oportunidades? Ahh, me esqueço que os dirigentes deste país não têm nenhum desses problemas. Mas eles pedem a você que resista e lute por sua pátria, assim é muito fácil", disse outro.
"A economia cubana jamais crescerá enquanto mantiverem uma economia centralizada. Aprendam com a China e o Vietnã, aprendam antes que seja tarde demais, embora eu já ache que é tarde", comentou um engenheiro agrônomo.
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