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O regime cubano expressa na Rússia seu interesse em se juntar ao grupo BRICS.

O ministro das Relações Exteriores Bruno Rodríguez Parrilla reuniu-se com seu homólogo russo Serguei Lavrov para avaliar o estado das "excelentes relações" entre ambos os países e participou da reunião dos ministros das Relações Exteriores do grupo.

Bruno Rodríguez Parrilla y Serguei Lavrov © X/Bruno Rodríguez Parrilla
Bruno Rodríguez Parrilla e Serguei LavrovFoto © X/Bruno Rodríguez Parrilla

A mais de uma década da fundação do fórum político e econômico conhecido como BRICS, Cuba manifestou seu interesse em se juntar a esta aliança durante a visita oficial que o ministro das Relações Exteriores Bruno Rodríguez Parrilla está fazendo à Rússia.

Durante a sua intervenção na reunião do grupo realizada na cidade de Níjni Novgorod, Rodríguez transmitiu a firme determinação do regime em "explorar e favorecer todas as vias possíveis" para o estreitamento das relações com os países membros, em busca de benefícios mútuos.

Aquele objetivo, reiterado na rede social X, precedeu a ideia de se inserir em projetos como a Iniciativa do Cinturão e Rota, ao mesmo tempo em que denunciava a implementação de medidas coercitivas contra a Rússia e as ações da OTAN para intensificar o conflito com a Ucrânia.

Além disso, ele destacou a necessidade de uma "nova coexistência civilizada onde prevaleçam a solidariedade, a cooperação e a integração entre os Estados", para o qual o grupo BRICS "pode contribuir significativamente para esta reivindicação histórica do Sul, principalmente no caminho em direção à necessária reforma do atual sistema financeiro internacional".

O ministro destacou a importância da contribuição do fórum para enfrentar a atual crise alimentar mundial, com seu impulso ao desenvolvimento agrícola e à produção de alimentos, cujas práticas e experiências são referências válidas para outras nações, assim como o uso e a geração de energias renováveis em projetos de desenvolvimento, um assunto de vital importância para os países da região.

Rodríguez exaltou as "bondades" do Novo Banco para o Desenvolvimento dos BRICS, que permitirá contar com um respaldo financeiro autóctone e fortalecerá a atuação do grupo, que representa 45% da população mundial e um terço do PIB do planeta.

A iniciativa dos BRICS de implementar um mecanismo de reserva de moedas estrangeiras de base ampla, que garanta certeza e estabilidade ao Sul, bem como o estabelecimento de linhas de crédito mútuas em moedas locais, é uma importante contribuição para a formação de uma nova e inclusiva arquitetura financeira internacional", destaca o discurso publicado no site oficial do Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

"Desde esta tribuna quisiera reiterar a vontade de Cuba de compartilhar com os BRICS suas modestas experiências e resultados nos campos da indústria médica, farmacêutica e biofarmacêutica, saúde, educação, ciência, entre outros setores para benefício de nossos povos", expressou.

Como parte de sua agenda de trabalho, Rodríguez se reuniu com seu homólogo russo Serguei Lavrov para avaliar o estado das "excelentes relações" entre ambos os países e o fortalecimento alcançado nos laços econômico-comerciais em meio à implementação de projetos em diferentes setores.

O chanceler cubano chegou à Rússia vindo da China, onde o ministro das Relações Exteriores Wang Yi ratificou o "apoio firme" ao regime e expressou o interesse em expandir as áreas de cooperação e intensificar a colaboração multilateral em meio à crise econômica pela qual a ilha está passando.

O BRICS, criado em 2010, é uma associação, grupo e fórum político e econômico de países emergentes, inicialmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O nome da formação deriva das iniciais de seus membros, embora desde janeiro de 2024 tenham se juntado Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia.

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