Regime cubano reaje indignado à confisco do avião de Maduro.

O presidente Miguel Díaz-Canel e o chanceler Bruno Rodríguez Parrilla manifestaram seu repúdio à medida do governo dos Estados Unidos e refletiram sua insatisfação diante do que consideram uma ação inaceitável contra um líder próximo.

Miguel Díaz-Canel y Nicolás Maduro © Cubadebate
Miguel Díaz-Canel e Nicolás MaduroFoto © Cubadebate

O regime cubano reagiu indignado à confiscacão do avião de seu aliado e presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, com publicações na rede social X do governante Miguel Díaz-Canel e do chanceler Bruno Rodríguez Parrilla.

Díaz-Canel e Rodríguez Parrilla manifestaram seu rejeição à medida do governo dos Estados Unidos e refletiram sua inconformidade diante do que consideram uma ação inaceitável contra um líder próximo.

O primeiro escreveu: "Mais uma vez, a Venezuela é o centro das agressões e do chantagem. Denunciamos a usurpação de recursos que pertencem ao Estado venezuelano e reivindicamos o levantamento total das medidas coercitivas unilaterais contra os irmãos venezuelanos”.

Enquanto o segundo expôs que “condenamos a confiscção ilegal e fraudulenta do avião presidencial da Venezuela. Este ato de pirataria é uma violação do Direito Internacional por parte do governo dos EUA, que usa a impunidade para cometer essas ações sob a justificação de medidas coercitivas unilaterais arbitrárias”.

Ambos reafirmam sua solidariedade com a Venezuela em meio às tensões internacionais, após as eleições presidenciais declaradas fraudulentas pela maioria dos atores internacionais e que aumentaram a crise social e política no território.

É importante lembrar que os líderes do regime cubano usam para viagens curtas fora da ilha e nacionais aviões semelhantes que foram doados pelo falecido Hugo Chávez.

Por exemplo, em outubro de 2019, Díaz-Canel viajou ao México com sua esposa, Liz Cuesta, em um jato privado, um dos três aviões concedidos por Chávez ao governo cubano nos anos 2000, avaliados em 100 milhões de dólares.

A Venezuela qualificou em um comunicado de “pirataria” e “prática criminosa reincidente” a confiscacão por parte de autoridades americanas do avião que Maduro utilizava para suas viagens internacionais.

“A República Bolivariana da Venezuela denuncia diante da comunidade internacional que, mais uma vez, as autoridades dos Estados Unidos da América, em uma prática criminosa reincidente que não pode ser qualificada de outra coisa senão de pirataria, confiscou ilegalmente uma aeronave que tem sido utilizada pelo presidente da República, justificando-se nas medidas coercitivas que de maneira unilateral e ilegal impõem ao redor do mundo”, diz o comunicado, publicado na conta de Instagram do Ministro das Relações Exteriores desse país.

Vale apontar que com base nas sanções americanas que pesam sobre a Venezuela, os EUA confiscou na segunda-feira a aeronave, que se encontrava na República Dominicana, informou em exclusiva a CNN. Estados Unidos incauta avião de Maduro na República Dominicana.

"Incautar o avião do chefe de Estado estrangeiro é algo inaudito em assuntos penais. Estamos enviando uma mensagem clara aqui de que ninguém está acima da lei, ninguém está acima do alcance das sanções americanas", apontou um dos dois funcionários americanos entrevistados pelo prestigiado canal.

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