Líder opositora da Venezuela María Corina Machado será nominada ao Prêmio Nobel da Paz.

O ato terá lugar em Miami.


O exílio cubano de Miami se prepara para nominar a líder opositora venezuelana María Corina Machado ao Prêmio Nobel da Paz.

O evento está previsto para ocorrer ao meio-dia deste 16 de agosto no American Museum of the Cuban Diaspora.

Machado será proposta por "sua corajosa luta em defesa da democracia e dos direitos humanos na Venezuela, que a fez merecedora desta distinção internacional".

O apoio à nomeação será oficializado no evento intitulado: “Venezuela Venceu: grande protesto mundial pela verdade, Glória ao bravo povo!”, que ocorrerá no sábado, 17 de agosto, às 16h, no Bayfront Park de Miami.

Durante essa atividade, serão apresentadas as quatro instituições que apoiam a proposta de nomeação da líder da oposição.

Marcha mundial este sábado

Nas últimas horas, María Corina Machado se dirigiu aos venezuelanos, dentro e fora do país, na véspera da grande protesto mundial convocado em mais de 300 cidades do mundo neste sábado, 17 de agosto, em apoio ao verdadeiro resultado das eleições do passado 28 de julho, cujo triunfo foi roubado de Edmundo González por Nicolás Maduro.

"Se aproxima um grande dia este sábado, 17 de agosto. Todos sabemos o que fizemos e o que conquistamos, vitória após vitória. Levantamos um país, conseguimos realizar as primárias, conseguimos levar Edmundo a uma eleição presidencial contra todos os obstáculos e arbitrariedades. Vencemos e o mundo agora sabe", disse Maria Corina em um vídeo divulgado no X.

A protesta busca visibilizar as atas oficiais que demonstram que Edmundo González Urrutia alcançou 67% dos votos, frente a 30% de Nicolás Maduro. Os organizadores pediram aos participantes que levem impressas as atas de suas mesas eleitorais "para que o mundo veja a força que temos e para que o regime fique claro que não vão nos deter".

Em resposta, o chavismo organizou uma contramanifestação em Caracas para tentar limitar o apoio popular à oposição.

No entanto, Machado destacou que começou uma nova etapa, "que é fazer valer a soberania popular e a verdade para ir a uma negociação que nos leve a uma transição democrática".

A líder opositora descreveu o regime como "nus", sem legitimidade, e recorrendo à violência "para tentar nos intimidar, desmoralizar e dividir, mas não conseguiu nem vai conseguir".

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciou nesta quinta-feira que o chavismo instaurou o "terrorismo de Estado" para conter a protesto, com uma repressão que já cobraram 24 vidas e deixou mais de 2.400 detidos, dos quais o Foro Penal verificou pelo menos 1.400, incluindo 118 menores de idade. Nas últimas horas, duas crianças de 13 anos foram liberadas.

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