Nelson Gudín é um ator, roteirista, narrador, poeta e reconhecido humorista cubano. Nasceu em 18 de agosto de 1966 em Pilón, Granma, Cuba. Ele reconheceu que muitos dos seus relatos foram escritos inspirados em sua infância nesta localidade cubana.
Seus personagens El Bacán dela vida e Flor de Anís lhe deram grande fama e popularidade na ilha.
Antes de dar o salto para a televisão, Gudín já contava com uma prolífica carreira como roteirista, dramaturgo e escritor. Trabalhou como roteirista e ator de 1988 a 1995 no grupo de teatro Galich e no grupo humorístico Club de Rueda, foi fundador do grupo literário SUR em Pilón em 1989, e foi presidente da Associação Hermanos Saíz de Pilón entre 1988-1992.
Ele escreveu poesia para crianças, pelo que foi premiado no Encontro Nacional de Oficinas Literárias de 1992. Também obteve o Prêmio 20 de Outubro de Narrativa em 1999 e ostenta os Prêmios Nacionais de Narrativa Humorística "Aquelarre" dos anos 1998 e 2008.
Publicou os livros A Cidade e o Louco (poesia), Editorial Extramuros, 2010, O País dos Pultos (romance), Editorial SanLope, 2010, O Mundo dos Olhos, 2011, Edições Bayamo (poesia) e integra a antologia de décimas, Navegas, Ilha de Ouro, Editorial Gente Nova, 2009.
Em 2005, ele foi para a televisão com o programa humorístico Deja que yo te cuente, do qual foi criador e roteirista. O programa teve uma grande audiência não apenas por seu tom humorístico, mas também pelos personagens que desfilavam por ele. Além de Flor de Anís e Urbinito, interpretados pelo próprio Gudín, o público começou a se interessar pelo professor Mentepollo (Carlos Gonzalvo), que criticava a cotidianidade cubana com seus irônicos estudos; Lindoro Incapaz (Rewel Remedios), que representava o diretor medíocre e oportunista; o inspetor La Llave (Miguel Moreno), que era o porta-voz do chefe, entre outros personagens que encarnavam estereótipos endêmicos da cena cubana. Fazer humor desse tipo nos meios oficialistas sempre foi um grande desafio, e Gudín passou no teste, mantendo o programa no ar por muitos anos.
Entre os anos 2006-2008, ganhou prêmios relacionados ao Melhor Programa Humorístico da televisão e Melhor Ator.
Em 20015 reencontrou-se com seu público, assim como colegas de profissão em Miami. Participou de dois programas do canal América Tvé: El Espejo, com Juan Manuel Cao, e El Happy Hour, com suas representações de El Bacán e Flor de Anís. Naquele mesmo ano, apresentou seu show do Bacán em Houston.
Além disso, escreveu os roteiros dos segmentos humorísticos de programas como Fin de Semana e Para não sair de casa. Nos últimos dez anos, escreveu e dirigiu vários espetáculos nos principais teatros do país, além de manter uma frutífera obra literária como poeta, dramaturgo e narrador.
OStenta a Distinção Pela Cultura Nacional em 2007.
Como amante das décimas, é frequente que se sirva dessa composição para fazer humor nas redes sociais publicando poemas que ironizam sobre a escassez ou o coronavírus.