EUA intercepta um terceiro navio frente às costas da Venezuela



Os EUA detiveram o petroleiro Bella-1, com bandeira panamenha, em águas internacionais perto da Venezuela, sendo o terceiro navio interceptado nos últimos dias. A embarcação seguia em direção à Venezuela.

Buque interceptado (imagem de referência)Foto © CiberCuba

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EE.UU. interceptou o petroleiro Bella-1, com bandeira panamenha, em águas internacionais perto da Venezuela, o terceiro nos últimos dias.

Segundo confirmou a Bloomberg uma fonte governamental, o barco estava a caminho da Venezuela.

El Bella-1, relacionado com a companhia Louis Marine Shipholding Enterprises, que por sua vez está ligada à Guarda Revolucionária do Irã, estava desde junho de 2024 sancionado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Tesouro dos Estados Unidos.

Esta seria a terceira apreensão de um petroleiro perto da Venezuela nas últimas semanas e ocorre em meio a uma grande concentração militar americana na região.

No sábado, o governo dos EUA desclassificou imagens da confiscacão do segundo petroleiro em frente às costas da Venezuela.

“Em uma ação antes do amanhecer desta manhã do dia 20 de dezembro, a Guarda Costeira dos Estados Unidos, com o apoio do Departamento de Guerra, deteve um petroleiro que estava atracado pela última vez na Venezuela”, disse no X a Secretária de Segurança Nacional Kristi Noem.

“Os Estados Unidos continuarão a perseguir o tráfico ilícito de petróleo autorizado que é utilizado para financiar o narcoterrorismo na região. Nós os encontraremos e os deteremos”, acrescentou.

No contexto do transporte de petróleo bruto, a Reuters explicou que, embora muitos navios que recolhem petróleo na Venezuela estejam sancionados, há outros — incluindo alguns que transportam petróleo vinculado ao Irã ou à Rússia — que não estão, e mencionou que empresas como a americana Chevron transportam petróleo venezuelano em navios próprios "autorizados".

O primeiro dos navios apreendidos na semana passada, com capacidade superior a 320.000 toneladas de petróleo, transportava petróleo com destino a Cuba e fazia parte de uma rede ilegal que movimentava petróleo sancionado da Venezuela e do Irã.

O despacho também ressalta que a China é o maior comprador de petróleo venezuelano e cita estimativas de analistas sobre o volume de envios em dezembro.

Os EUA impuseram sanções energéticas à Venezuela em 2019, e compradores e refinadores têm recorrido a uma “frota fantasma” ou “de sombra” de petroleiros que disfarçam sua localização, sendo que esse tipo de frota é considerado exposto a possíveis medidas punitivas por parte de Washington.

Finalmente, o relatório enquadra a medida em uma campanha de pressão de Trump sobre Nicolás Maduro, que incluiria maior presença militar e ações contra navios perto da Venezuela; e menciona que Maduro alegou que o desdobramento americano busca derrubá-lo e assumir o controle dos recursos petrolíferos do país.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última terça-feira um bloqueio petrolífero total contra a Venezuela e um endurecimento das deportações, em uma mensagem publicada em sua rede social Truth Social, onde acusou diretamente o regime de Nicolás Maduro de financiar atividades criminosas com recursos energéticos.

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