
Vídeos relacionados:
A Casa Branca anunciou neste sábado que 14 das 17 maiores companhias farmacêuticas do mundo aceitaram reduzir os preços de seus medicamentos nos Estados Unidos, como resultado da implementação do esquema de “preços de nação mais favorecida” promovido pelo presidente Donald Trump.
Em uma mensagem publicada em sua conta oficial do X, a Casa Branca citou o diretor dos Centros de Serviços de Medicare e Medicaid (CMS), Mehmet Oz, que afirmou que essa política “tenta ser justa com o consumidor americano”.
Segundo a mensagem, o acordo é consequência direta de uma ação “audaciosa” do presidente.
O anúncio ocorre após um ato na sede do executivo americano, onde Trump confirmou um acordo inicial com nove das maiores farmacêuticas do mundo para oferecer seus medicamentos mais procurados a preços comparáveis aos mais baixos pagos por outros países desenvolvidos.
O mandatário afirmou que as empresas se comprometeram a aplicar preços de "nação mais favorecida" no Medicaid e a publicar informações sobre seus fármacos na plataforma digital TrumpRX.gov.
De acordo com a Casa Branca, entre as empresas envolvidas estão Pfizer, Amgen, Novartis, Merck, Sanofi e Bristol Myers Squibb, cujos medicamentos poderiam oferecer descontos de até 70% para beneficiários do Medicaid e outros programas públicos de saúde.
Trump qualificou o acordo como “a maior vitória para a acessibilidade dos pacientes na história da saúde americana” e afirmou que sua administração busca romper o monopólio de preços das farmacêuticas e seguradoras, às quais acusou de ter se beneficiado durante décadas do sistema de saúde.
O mandatário adiantou, além disso, que convocará as grandes seguradoras para pressioná-las a reduzir os preços, em um contexto marcado pelo estancamento legislativo no Congresso sobre a renovação dos subsídios do Obamacare, que atualmente beneficiam mais de 30 milhões de pessoas.
Enquanto os democratas acusam a Casa Branca de desmantelar o sistema de saúde pública, setores republicanos sustentam que o Obamacare é insustentável e que beneficiou mais as seguradoras do que os cidadãos.
A nova política de preços farmacêuticos se apresenta como um dos eixos da agenda econômica de Trump para 2026, embora persistam dúvidas sobre seu impacto nos americanos que não se qualificam para o Medicaid.
A fines de novembro, Medicare confirmou uma importante redução nos preços de 15 medicamentos prescritos de alto custo, entre eles alguns tão populares como Ozempic e Wegovy, usados comumente para tratar a diabetes tipo 2 e o sobrepeso.
A medida, que entrará em vigor em 2027, foi resultado do programa de negociação direta de preços impulsionado inicialmente pela Lei de Redução da Inflação (IRA), promulgada pela administração de Joe Biden em 2022.
Segundo os CMS, essas reduções representarão uma economia estimada de 685 milhões de dólares em gastos do bolso para os afiliados ao programa, além de 12 bilhões de dólares em economia federal se os novos preços tivessem estado em vigor em 2024.
Arquivado em: