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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira a suspensão imediata do programa de Loteria de Vistos de Diversidade (DV1), após a confirmação de que o atirador da Universidade de Brown, identificado como Claudio Manuel Neves Valente, havia ingressado no país em 2017 através desse programa.
“Este atroz indivíduo nunca deveria ter sido admitido em nosso país”, declarou em X a secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem.
“Sob minha direção, ordenei ao Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS) que pause o programa DV1 para garantir que nenhum outro americano seja prejudicado por este programa desastroso”, afirmou.
Segundo as autoridades, Neves Valente chegou aos Estados Unidos em 2017 com um visto de imigrante por diversidade, o que lhe permitiu obter a residência permanente.
O suspeito do tiroteio no campus da Universidade de Brown que na semana passada deixou dois mortos e vários feridos é de nacionalidade portuguesa, e foi encontrado sem vida na noite de quinta-feira devido a uma ferida de bala autoinfligida.
O presidente Donald Trump lembrou que já em 2017 havia tentado eliminar o programa, após o devastador ataque terrorista em Nova York, perpetrado por um membro do ISIS que também havia ingressado através da Loteria de Vistos e causou a morte de oito pessoas.
A Loteria de Vistos de Diversidade —criada em 1990— concede anualmente 55.000 residências permanentes a cidadãos de países com baixas taxas de imigração para os Estados Unidos, incluindo Cuba.
Com a suspensão anunciada por Trump, milhares de solicitantes em todo o mundo, incluindo muitos cubanos, verão afetadas suas aspirações de emigrar legalmente para o país norte-americano.
Esta medida reforça a polêmica política migratória do presidente republicano, centrada em priorizar a segurança nacional e reformar os mecanismos de admissão de imigrantes que, segundo ele, “colocam em risco a segurança do povo americano”.
Em novembro, o governo havia confirmado que não estava aberta a inscrição para o sorteio de Vistos de 2027.
No entanto, suas políticas estão sob escrutínio público, com um crescente rechaço por parte dos americanos e imigrantes radicados no país.
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