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As autoridades cubanas prenderam, nesta terça-feira em Matanzas, a médica Lilian Borroto López enquanto protestava pela detenção de sua mãe, a intelectual e ativista Alina Bárbara López Hernández.
“Acabaram de prender minha irmã Lilian Borroto López. Não foi o suficiente prender minha mãe Alina Bárbara López Hernández. Minha irmã está doente... É evidente as mãos da Segurança do Estado. Isso é um sequestro”, informou sua irmã, Cecilia Borroto López.
De acordo com a denúncia, a doutora Lilian Borroto —que se encontra doente— foi trasladada em um carro civil e não em uma patrulha policial, um detalhe que a família atribui à participação da Segurança do Estado.
Junto a Lilian e Alina, também foi detido o escritor Jorge Fernández Era.
Em uma atualização posterior, Cecilia Borroto afirmou que os três continuam detidos e que Lilian e Jorge foram conduzidos em um veículo “civil” para a Unidade da Polícia da Praia, em Matanzas, por uma entrada “não visível”.
Cecilia Borroto também denunciou o assédio sistemático contra sua família. Ela lembrou que ela e sua irmã apresentaram há mais de dois anos uma denúncia à Promotoria Provincial de Matanzas contra a Segurança do Estado por assédio, sem ter recebido resposta.
A denunciante expressou preocupação com a integridade de sua irmã, convalescente de chikungunya, e afirmou temer que se repitam episódios anteriores de violência e perseguição, incluindo vigilância, interrogatórios a pessoas próximas e pressões em espaços públicos.
A família exigiu a liberdade imediata dos três detidos e pediu que cessem as ações de assédio: “Deixem minha família em paz... não estamos sozinhas e não vão nos quebrar”, expressou Cecilia Borroto.
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