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O ex-espião cubano e atual coordenador nacional dos Comitês de Defesa da Revolução (CDR), Gerardo Hernández Nordelo, lançou duras críticas contra os Estados Unidos por seus recentes operativos antidrogas no Caribe, nos quais forças americanas atacaram embarcações suspeitas de tráfico de drogas.
Através de uma publicação em redes sociais, Hernández comparou essas ações com a recente apreensão de um petroleiro carregado com crude sancionado, realizada sem vítimas, e questionou o uso da força letal nas operações contra supostos narcotraficantes.
“Se podem capturar —sem danos— um imenso navio carregado de petróleo, por que não podem capturar lanchas supostamente carregadas de drogas, em vez de matar seus tripulantes como cães?”, escreveu o dirigente oficialista.
Críticas em meio à escalada americana no Caribe
As declarações ocorrem em um contexto de crescente presença militar dos Estados Unidos no Caribe, onde Washington afirma estar realizando uma ofensiva contra redes de narcotráfico ligadas a organizações criminosas e grupos catalogados como terroristas. Nas últimas semanas, têm sido relatadas operações letais contra embarcações em águas internacionais, com um saldo de dezenas de mortos.
O governo dos Estados Unidos afirma que essas ações visam proteger a segurança nacional e frear o fluxo de drogas para o seu território. No entanto, tanto o regime cubano quanto o venezuelano denunciaram que se trata de uma escalada militar disfarçada, utilizada como pretexto para pressionar politicamente Caracas e seus aliados regionais.
Hernández, um dos chamados "Cinco Heróis" do regime cubano, tem sido uma das vozes mais ativas na defesa dos governos de Cuba e Venezuela diante das acusações dos Estados Unidos, especialmente no atual cenário de tensões geopolíticas no Caribe.
Uma mensagem alinhada com a narrativa oficial
As declarações alinham-se com a narrativa do regime cubano, que acusa os EUA de agir de forma unilateral e violar o direito internacional sob o argumento da luta contra as drogas. Enquanto isso, Washington insiste que continuará suas operações na região como parte de sua estratégia de segurança hemisférica.
O cruzamento de acusações evidencia o endurecimento do discurso político entre Havana e Washington, em um momento em que o Caribe se tornou um dos principais focos de fricção geopolítica do hemisfério.
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