Trump promete "sérias represálias" após a morte de dois soldados e um intérprete americano na Síria



Trump advertiu que haverá "sérias represálias" após o atentado que custou a vida a dois militares e um intérprete civil na Síria.

Donald TrumpFoto © Facebook/Serviço de Notícias Público

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Um atentado perpetrado por um suposto militante do Estado Islâmico (ISIS) na cidade de Palmira, Síria, deixou três americanos mortos —dois soldados e um intérprete civil— e três feridos, após o qual o presidente Donald Trump prometeu “represálias sérias”.

O ataque ocorreu quando as forças americanas e sírias participavam de uma “atividade com um líder chave”, dentro das operações conjuntas da coalizão internacional contra o terrorismo, conforme confirmou o Pentágono em um comunicado do Comando Central (CENTCOM).

O agressor, que teria agido sozinho, foi abatido por “forças amigas” no local do atentado.

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“Lamentamos a perda de três grandes patriotas na Síria (...). Também oramos pelos três soldados feridos, que estão sendo atendidos e se encontram estáveis. Este foi um ataque do ISIS contra os Estados Unidos e a Síria. Haverá sérias represálias”, escreveu o presidente Donald J. Trump em sua conta oficial no X.

O secretário de Defesa, Pete Hegseth, confirmou que o atacante foi neutralizado por forças sírias aliadas e lançou um forte aviso aos grupos terroristas que tentarem atacar americanos.

“Se você atacar americanos, em qualquer parte do mundo, passará o resto de sua curta e angustiante vida sabendo que os Estados Unidos vão te encontrar e te eliminar sem piedade”, advertiu Hegseth.

Os três feridos foram evacuados de helicóptero para a base militar americana em Al Tanf, perto da fronteira com o Iraque, uma instalação estratégica para a coalizão internacional em suas operações antiterroristas.

O embaixador dos Estados Unidos na Turquia e enviado especial para a Síria, Tom Barrack, expressou suas condolências às famílias das vítimas e enfatizou o compromisso de Washington com a luta antiterrorista ao lado de seus aliados sírios.

"Lamentamos a perda de três valentes e desejamos uma rápida recuperação aos feridos. Continuamos comprometidos com a derrota total do terrorismo", afirmou.

O presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa —que visitou a Casa Branca há um mês—, também condenou o atentado e expressou sua “profunda indignação” pelo ataque, conforme informou a agência estatal SANA.

O atentado ocorre em um momento particularmente sensível, apenas semanas após a histórica visita de Al Sharaa a Washington, onde ambos os países assinaram um acordo de cooperação política na luta contra o Estado Islâmico, marcando uma mudança drástica nas relações bilaterais após anos de confronto.

A visita de Al Sharaa à capital dos Estados Unidos selou a participação formal da Síria na coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o ISIS.

Washington mantém um contingente militar no nordeste do país árabe há mais de uma década, com o objetivo de evitar o ressurgimento do terrorismo e apoiar as forças curdas locais.

A cooperação militar entre ambos os governos —até recentemente inimigos— tem se fortalecido nos últimos meses, mas o ataque coloca à prova essa frágil aliança.

Em resposta, Damasco intensificou suas operações internas contra células do Estado Islâmico, com mais de 70 suspeitos detidos nas últimas semanas.

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