Cubanos protestam em várias cidades do mundo pela liberdade e pelos direitos humanos



O exílio cubano mobilizou-se em mais de uma dezena de cidades para exigir o fim da ditadura e a libertação dos presos políticos, no Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Cubanos protestam no CanadáFoto © Facebook

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Miles de cubanos dentro e fora da ilha se uniram nesta quarta-feira a uma jornada global de manifestações para reivindicar liberdade, justiça e respeito aos direitos humanos em Cuba.

As manifestações, convocadas pelo opositor encarcerado José Daniel Ferrer, ocorreram em cidades da América, Europa e do Caribe, apesar do mau tempo e das distâncias.

Marchas de cubanos no dia dos DDHH

Em Montreal, dezenas de membros do grupo Cubanos Canadienses por uma Cuba Democrática marcharam sob uma forte nevasca e temperaturas de até -12°C para exigir a liberdade dos presos políticos.

Marchas de cubanos no dia dos DDHH

“Não importa a tempestade nem o frio quando se trata de lutar por Cuba”, escreveram os organizadores, que também destacaram o esforço de compatriotas que viajaram de Drummondville e Trois-Rivières para se juntar à protesto.

“Se Cuba está na rua, nós também estamos, mesmo que seja sob a neve”, afirmou um dos manifestantes.

Marchas de cubanos no dia dos Direitos Humanos

Em Ottawa, outro grupo se reuniu em frente à embaixada cubana com cartazes e gritos de “Liberdade para os presos políticos” e “Fora a ditadura”.

Em Miami, o exílio cubano celebrou uma concentração massiva em homenagem ao Dia dos Direitos Humanos, onde participaram artistas e ativistas, entre eles Alexander Otaola e Tony Cortés, que transmitiram ao vivo do restaurante Versailles.

Marchas de cubanos no dia dos DDHH

En Washington D.C., Maryland e Virginia, dezenas de cubanos se reuniram em frente à embaixada do regime, convocados pelo movimento Cuba Decide.

“Nossas famílias vivem sob um regime de terror. A saída da crise é a saída da ditadura”, expressou um dos participantes, enquanto agitavam bandeiras e cartazes com os lemas #PatriaYVida e #LibertadYa.

Marchas de cubanos no dia dos DDHH

Em Las Vegas, membros da organização opositora UNPACU realizaram uma manifestação pacífica em apoio ao chamado de José Daniel Ferrer, reiterando seu compromisso com a causa da liberdade em Cuba.

Em Núremberg (Alemania), um grupo de cubanos se manifestou com cartazes que diziam “Abaixo o comunismo” e “Liberdade para o povo de Cuba”.

Marchas de cubanos no Dia dos DDHH

Uno dos organizadores, Osmel Santos, compartilhou uma mensagem emocionante: “Eu fiz isso dentro de Cuba e continuo fazendo de fora. Quero que todos conheçam a liberdade.”

Em Barcelona (Espanha), ativistas da Coalizão de Mulheres por Cuba Livre e veteranos dissidentes como Néstor Rodríguez Lobaina protestaram em frente ao consulado do regime castrista, denunciando as violações dos direitos humanos na ilha.

Marchas de cubanos no dia dos DDHH

“Desde 1985 até hoje continuamos lutando pelo Estado de Direito na pátria de Martí”, declarou Rodríguez Lobaina. As manifestantes encerraram o dia cantando: “A liberdade triunfará!”.

Em Cidade do México, o ativista José Luis Tan Estrada liderou uma concentração em frente à embaixada cubana junto com Marlene Azor Hernández e outros exilados.

Marchas de cubanos no dia dos DDHH

“Cada gesto e palavra é um lembrete de que a liberdade e a dignidade não são concessões do poder, mas direitos inalienáveis do povo”, expressou Tan Estrada em sua mensagem.

Enquanto isso, na República Dominicana, um grupo de cubanos e dominicanos organizou uma manifestação em frente à embaixada cubana em Santo Domingo.

Marchas de cubanos no dia dos DDHH

“Aqui vivemos em liberdade, sem agressões ou detenções, e queremos que os cubanos saibam o que é isso”, disse Aymara Nieto Muñoz durante a manifestação pacífica.

As manifestações deste 10 de dezembro se replicaram em pelo menos uma dúzia de países, refletindo o crescimento do ativismo do exílio cubano e a solidariedade internacional com aqueles dentro da ilha que continuam resistindo ao regime comunista.

“El mensagem é clara: onde houver um cubano livre, haverá uma voz pelos que não podem falar”, afirmou Lázaro Mireles, um dos promotores do exílio na Europa.

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