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Cuba enfrenta neste domingo outra jornada de apagões massivos em todo o país, segundo o mais recente boletim informativo da União Elétrica (UNE), que confirma um déficit de geração próximo a 2.000 megawatts (MW), um número que mantém o Sistema Elétrico Nacional (SEN) à beira do colapso.
De acordo com o comunicado oficial, durante o sábado o serviço elétrico foi afetado por 24 horas, com uma máxima afetação de 2,091 MW registrada às 18:10 horas.
O documento detalha que a disponibilidade total do SEN às 06:00 da manhã deste domingo é de 1.298 MW, frente a uma demanda de 2.487 MW, o que provoca afetos de 1.206 MW por déficit de capacidade de geração.
Apesar da incorporação dos 33 novos parques solares fotovoltaicos, cuja produção ascendeu a 2.941 megawatts-hora (MWh), com uma potência máxima de 546 MW, a geração renovável continua a ser insuficiente para compensar a queda da geração térmica e a escassez de combustível.
As principais termelétricas do país continuam reportando falhas e manutenções prolongadas: estão fora de serviço a Unidade 3 da Central Termoelétrica (CTE) de Cienfuegos, a Unidade 6 de Diez de Outubro, a Unidade 2 de Felton e a Unidade 5 de Renté, enquanto as unidades 2 e 3 de Santa Cruz e a Unidade 4 da Carlos Manuel de Céspedes, também em Cienfuegos, permanecem em manutenção.
O informe da UNE reconhece ainda limitações na geração térmica que afetam 551 MW, além de problemas com combustível e lubrificante que mantêm paralisadas 100 centrais de geração distribuída (902 MW), além de 5 motores de Fuel em Moa (68 MW) e 83 MW adicionais indisponíveis por falta de lubrificante.
No total, 1.053 MW permanecem fora de serviço devido à falta de combustível, um dos fatores mais críticos da crise elétrica.
Para o horário de pico, previsto para a noite, a UNE prevê a entrada da unidade 5 de Renté com apenas 60 MW, alcançando uma disponibilidade de 1.358 MW diante de uma demanda máxima de 3.300 MW. Isso deixaria um déficit estimado de 1.942 MW e afetaria até 2.012 MW, equivalendo a mais de 60% do país sem eletricidade.
O regime cubano continua sem oferecer soluções estruturais para uma crise que se agrava a cada dia e que mantém milhões de cubanos vivendo entre apagões, calor e desabastecimento, enquanto o país continua mergulhado na escuridão.
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