Díaz-Canel compara Cuba com a China e justifica o controle do Partido em ato com Raúl Castro

Díaz-Canel defende o sistema de partido único em Cuba, comparando-o com a China e o Vietnã, ressaltando sua estabilidade. Raúl Castro assiste ao evento em meio a rumores sobre sua saúde.

Miguel Díaz-CanelFoto © Granma

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O governante Miguel Díaz-Canel defendeu nesta sexta-feira o sistema de partido único em Cuba e o comparou com os modelos da China e do Vietnã, durante um ato oficial realizado em Havana pelo 60º aniversário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (PCC).

Na cerimônia esteve presente o general do exército Raúl Castro, em uma de suas raras aparições públicas nos últimos meses, período em que circularam rumores de que ele havia falecido.

A prosperidade da China moderna não é magia nem fruto da imaginação. É o triunfo do ideal socialista, ajustado às características chinesas, mas sempre sob a orientação do Partido Comunista”, afirmou Díaz-Canel em seu discurso, proferido na Sala Universal das FAR, informou o jornal oficial Granma.

Afirmou que o progresso chinês demonstra que o modelo de partido único é “central para garantir a estabilidade e a soberania nacional”.

O mandatário cubano afirmou que as seis décadas de resistência diante do embargo estadunidense “não podem ser explicadas sem a existência do Partido único que nasceu da unidade das forças políticas que realizaram a Revolução”.

En seu discurso, equiparou a experiência cubana com a dos regimes comunistas asiáticos, ao destacar que “a experiência chinesa e também a vietnamita desmentem as teorias dos adversários e confirmam a centralidade do princípio do Partido único”.

O ato, transmitido pela televisão estatal, contou com a presença dos principais dirigentes do governo, do Partido e das Forças Armadas.

Raúl Castro foi colocado na primeira fila e recebeu várias saudações de pé do público. Sua presença ocorreu após semanas de rumores sobre sua saúde e após não ter participado da recente apresentação de suas Obras Escolhidas em Havana.

O ato ocorreu em meio à profunda crise econômica que Cuba enfrenta, marcada pela escassez de alimentos, apagões prolongados e um crescente descontentamento social.

Apesar disso, Díaz-Canel mencionou apenas a situação do país e se limitou a dizer que o próximo congresso do PCC, convocado para abril de 2026, servirá para “mobilizar a nação em prol da melhoria das condições de vida do povo”.

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