Estados Unidos confirma a negativa de vistos a funcionários cubanos e revela os motivos

Estados Unidos confirma a negativa de vistos a funcionários cubanos e revela o porquê

Embaixada dos EUA em CubaFoto © CiberCuba

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O governo dos Estados Unidos confirmou nesta quarta-feira que negou vistos a vários funcionários do Ministério de Saúde Pública (Minsap) de Cuba que planejavam participar de uma reunião da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) em Washington, alegando razões de “segurança nacional”.

Un porta-voz do Departamento de Estado respondeu por escrito a uma consulta da agência EFE que “as restrições de viagem impostas aos representantes da ditadura cubana protegem os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos”.

No entanto, esclareceram que essas restrições não afetaram os representantes do regime cubano que atualmente trabalham na sua embaixada nos Estados Unidos, os quais puderam participar do evento da OPS.

A denúncia foi realizada na terça-feira pelo Governo cubano, que assegurou que Washington havia negado os vistos solicitados em Havana por um grupo de funcionários do Minsap, bem como a autorização de deslocamento exigida para outros membros da delegação que já se encontravam em Nova York, após participar na Assembleia Geral da ONU.

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, compartilhou declarações da primeira vice-ministra do Minsap, Tania Margarita Cruz, que afirmou que os EUA “se aproveitaram da necessidade de um permissão de deslocamento para impedir” sua participação na reunião regional “como chefe da delegação cubana”.

“Também impediu a participação dos demais membros da delegação que não receberam seu visto em Havana”, afirmou Cruz de Nova York.

En suas declarações, a funcionária destacou que “milhares de médicos e profissionais cubanos têm prestado e prestam serviços de atenção médica na maioria dos países da região” e que “milhares de médicos, licenciados e técnicos de saúde provenientes das nações latino-americanas e caribenhas, assim como dos Estados Unidos, foram formados em Cuba”.

A atual administração dos Estados Unidos, presidida por Donald Trump, considera que as missões médicas de Cuba constituem “um caso indiscutível de trabalho forçado” e mantém o país em sua lista de nações que não cumprem com os padrões mínimos para combater o tráfico de pessoas.

Além disso, Washington impôs restrições de visto a funcionários envolvidos na exploração laboral de trabalhadores cubanos no exterior, categoria que inclui aqueles que organizam ou supervisionam essas missões médicas.

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