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O governo dos Estados Unidos negou as autorizações necessárias para que a delegação do regime cubano pudesse se deslocar a Washington D.C. e participar da 62.ª Reunião do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS), que começou nesta segunda-feira na capital americana.
Según declarações à Prensa Latina, a vice-ministra da Saúde Pública Tania Margarita Cruz denunciou que Washington “se aproveitou da necessidade de uma autorização de traslado” para impedir sua participação como chefe da delegação cubana, uma vez que se encontra em Nova York, como parte da comitiva que assiste ao Segmento de Alto Nível da 80.ª Assembleia Geral da ONU.
“Esta ação constitui um tratamento discriminatório contra Cuba, país que é membro pleno e ativo da OPS”, declarou a funcionária, que também publicou sobre o tema na rede social X.
“Longe de cumprir com suas obrigações como país anfitrião, os Estados Unidos se aproveitam dessa condição para tentar silenciar a voz de Cuba”, acrescentou.
Além da vice-ministra, outro membro da delegação não pôde viajar devido à negação de visto, conforme explicou.
A funcionária comunista aproveitou para defender o histórico internacional da chamada “cooperação médica” cubana, destacando que milhares de profissionais da ilha trabalharam em países da região e que o sistema de saúde cubano foi elogiado pela OMS e pela OPS.
No entanto, essas declarações omitem as críticas frequentes que as missões médicas enfrentam por práticas de exploração laboral, controle político e apropriação de salários por parte do Estado cubano.
A exclusão da delegação ocorre em um contexto de tensões políticas sustentadas entre Washington e Havana, no qual os Estados Unidos mantiveram uma postura firme em relação à negativa de conceder privilégios diplomáticos automáticos a funcionários do regime, mesmo em eventos multilaterais.
O Conselho Diretivo da OPAS se reúne uma vez por ano e reúne ministros e autoridades de saúde do continente para debater estratégias de saúde regionais. Os trabalhos desta edição serão concluídos na próxima sexta-feira, 3 de outubro.
Vistos negados em meio a tensões
Em abril de 2025, um grupo de estudantes da Escola Nacional de Arte (ENA) de Cuba não pôde assistir a uma esperada troca cultural com estudantes da Escola Secundária Berkeley (BHS), na Califórnia, após a negação de seus pedidos de visto para entrar nos Estados Unidos.
Além disso, a equipe feminina de vôlei de Cuba não participará do Final Four da NORCECA após a negação de vistos, algo semelhante ao que ocorreu com a comitiva prevista para o Campeonato Mundial de Atletismo Master em Pista Coberta 2025.
Perguntas frequentes sobre a negativa de vistos dos EUA a funcionários cubanos
Por que os EUA negaram os vistos à delegação de saúde do regime cubano?
O governo dos Estados Unidos negou as autorizações necessárias para que a delegação do regime cubano pudesse se deslocar a Washington D.C. e participar da 62.ª Reunião do Conselho Diretivo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS). Estados Unidos manteve uma postura firme em relação à negativa de conceder privilégios diplomáticos automáticos a funcionários do regime cubano, o que se insere em um contexto de tensões políticas prolongadas entre os dois países.
Qual é o motivo por trás das restrições de visto dos EUA a funcionários cubanos?
Os EUA acusam o regime cubano de utilizar as missões médicas como um esquema de trabalho forçado e impuseram essas restrições como parte de uma estratégia mais ampla para pressionar o regime cubano. Washington e organizações de direitos humanos denunciaram que essas missões violam padrões trabalhistas internacionais, uma vez que retêm salários e restringem a mobilidade dos profissionais.
Como responde o regime cubano a estas restrições dos EUA?
O regime cubano denunciou essas ações como um ato de discriminação e agressão por parte dos Estados Unidos. Funcionários do regime defendem as missões médicas como "legítimas e solidárias", afirmando que continuarão enviando brigadas médicas ao exterior, apesar das sanções e críticas internacionais.
Qual é o impacto dessas restrições nas relações entre Cuba e os EUA?
As restrições de visto fazem parte de um contexto mais amplo de tensões políticas e econômicas entre Cuba e Estados Unidos. Estas ações reforçam a postura dos EUA contra o regime cubano, aumentando as tensões diplomáticas e complicando ainda mais as relações bilaterais. Afetam não apenas funcionários governamentais, mas também estudantes e atletas cubanos que buscam participar de eventos nos EUA.
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