Yailin Yanet Jiménez Alvelaes, irmã de Ernesto Míchel Pérez Alvelaes, um jovem cubano detido pelas forças armadas da Ucrânia enquanto lutava como mercenário no exército russo, fez um apelo público comovente da ilha, pedindo clemência e informações sobre sua situação.
O único que sabemos sobre meu irmão é que está detido como mercenário na Ucrânia. Não sabemos se ele ainda está vivo, não sabemos nada, disse a jovem em declarações divulgadas pelo jornalista Mario J. Pentón, que publicou o vídeo em seu canal no YouTube junto com o testemunho do próprio detido e uma análise do caso.
Jiménez assegurou que a família não recebeu informação oficial: “Ninguém nos procurou, ninguém nos deu nada para saber algo sobre meu irmão. Estamos totalmente desesperados”.
También pidió a las autoridades ucranianas: “que o deixem em liberdade, pelo menos que o deportem para Cuba, é o único que pedimos, que nos dêem informações, que pelo menos nos deixem falar cinco minutos com ele, para saber que está bem. Que não o maltratem, que não lhe façam nada, por favor”.
A jovem explicou que seu irmão, de 26 anos e natural de Trinidad, Sancti Spíritus, saiu do país em busca de melhorar a situação familiar. “Meu irmão se chama Ernesto Míchel Pérez Alvelaes, tem 26 anos, eu me chamo Yailin Yanet Jiménez Alvelaes, somos irmãos por parte de mãe. Ele foi para a Rússia há cerca de seis meses com o propósito de melhorar nossas vidas, tanto a dele quanto a da família”, disse.
"Então, após passar cinco meses lá, ele se encontrou com alguns amigos que o informaram sobre este contrato de trabalho, que era um contrato de guerra, mas não para lutar em lugar algum, e sim para fazer bunkers e coisas do tipo. Onde ele foi, viu, aparentemente esse contrato de trabalho lhe agradou porque lhe propuseram uma grande quantia de dinheiro”, acrescentou.

Ernesto Míchel Pérez Alvelaes é um dos três cidadãos cubanos capturados pela Ucrânia no contexto da guerra, junto com Turcas Yusbel González e Frank Darío Yarosse. Até agora, desconhece-se qual será sua situação legal ou se enfrentará acusações formais.
Em antecedentes do caso, foi informado que foi recrutado em 1 de agosto ao chegar a Moscou com um contrato de construção. Segundo seu próprio testemunho, foi enviado à linha de frente após ser enganado e presenciou a morte de pelo menos dez compatriotas antes de se entregar às forças ucranianas.
Além disso, a inteligência militar ucraniana (HUR) estima que mais de 20.000 cubanos foram recrutados pela Rússia, em sua maioria com promessas enganosas de emprego. Mais de mil assinaram contratos entre junho de 2023 e fevereiro de 2024, e muitos acabaram na linha de frente sem preparação militar ou consentimento informado.
As autoridades cubanas negaram envolvimento no recrutamento, mas funcionários ucranianos e congressistas estadunidenses afirmam que o regime facilitou ou omitiu sua existência, o que gerou apelos para a imposição de sanções.
Enquanto isso, de Cuba, a família de Ernesto Míchel mantém a esperança: “O único pedido que fazemos é saber que ele está vivo, que o cuidem, e que, se puderem, o devolvam para casa”, disse sua irmã.
Perguntas frequentes sobre os mercenários cubanos na guerra da Ucrânia
Qual é a situação de Ernesto Míchel Pérez Alvelaes, o mercenário cubano capturado na Ucrânia?
Ernesto Míchel Pérez Alvelaes está detido pelas forças ucranianas enquanto combatia como mercenário no exército russo. Sua irmã solicitou sua liberação ou deportação para Cuba, mas as autoridades ucranianas indicaram que a única opção seria uma troca de prisioneiros com a Rússia.
Como Ernesto Míchel Pérez Alvelaes se tornou mercenário na Ucrânia?
Ernesto Míchel Pérez Alvelaes viajou para a Rússia com a intenção de melhorar a situação econômica de sua família. Uma vez lá, foi recrutado sob falsos pretextos para participar do conflito bélico, acreditando que iria trabalhar na construção de bunkers. No entanto, foi enviado para a linha de frente sem estar preparado ou ter dado seu consentimento informado.
O que diz o governo cubano sobre o recrutamento de cubanos para a guerra na Ucrânia?
O governo cubano nega ter responsabilidade no recrutamento de cidadãos cubanos para participar como mercenários na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. No entanto, investigações e testemunhos sugerem que o regime pode estar facilitando ou ignorando a existência dessas redes de recrutamento.
Quantos cubanos foram recrutados pelo exército russo, segundo as estimativas?
Estima-se que mais de 20.000 cubanos foram recrutados pela Rússia para combater na Ucrânia. A maioria deles foi enganada com promessas de emprego e benefícios econômicos, apenas para ser enviada à linha de frente sem a preparação adequada.
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