Flórida anuncia sua próxima execução: Um homem que assassinou a facadas um casal para roubar

Victor Tony Jones, de 64 anos, assassinou em 1990 o casal proprietário de um negócio em Miami-Dade onde ele trabalhava.

Victor Tony JonesFoto © Departamento Correcional da Flórida

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Florida continua a marcar um ritmo sem precedentes na aplicação da pena de morte. O governador Ron DeSantis ordenou a execução de Victor Tony Jones, um assassino confesso, para o próximo dia 30 de setembro.

Jones, de 64 anos, foi condenado pelo assassinato de um casal durante um roubo em dezembro de 1990 em Miami-Dade.

As vítimas, Matilda e Jacob Nestor, eram os proprietários do negócio onde trabalhava Jones, que os esfaqueou para roubar. O agressor foi detido posteriormente com o dinheiro e os bens pessoais que havia tomado do casal.

Jones foi condenado à morte em 1993 após ser considerado culpado de dois crimes de homicídio em primeiro grau e dois de roubo à mão armada.

Apesar das tentativas de recorrer da sentença, o caso segue em frente, com uma possível apelação pendente perante a Suprema Corte da Flórida. Também poderia apresentar um recurso à Suprema Corte dos Estados Unidos.

Sua execução será a décima terceira na Flórida até agora em 2025, um número que coloca o estado na vanguarda em termos de pena de morte no país. Superou o Texas e a Carolina do Sul, que executaram quatro pessoas cada um.

Desde que a Suprema Corte restabeleceu a pena de morte em 1976, o Estado do Sol nunca havia condenado tantas pessoas em um único ano. Os números de 2025 já superaram o recorde histórico de execuções de 2014, que foi de oito.

Na quinta-feira passada foi executado Curtis Windom, um homem de 59 anos que assassinou sua namorada, a mãe dela e um homem em 1992 em Orlando.

A próxima será a de David Joseph Pittman, de 63 anos, programada para o dia 17 de setembro.

No total, houve 30 execuções este ano em todo os Estados Unidos, em comparação com as 25 do ano passado. O ano de 2014 detém até agora o recorde, com 35 pessoas executadas em nível nacional.

Um debate persistente sobre a pena de morte

Este aumento nas execuções na Flórida ocorre em um contexto de crescente polarização sobre o uso da pena de morte.

Seus críticos continuam levantando preocupações sobre sua aplicação, especialmente no que diz respeito à humanidade do processo, os possíveis erros judiciais e o sofrimento físico que a injeção letal provoca.

A forma como é realizada na Flórida, por meio da injeção letal, é objeto de controvérsia. Aponta-se que este método pode não ser tão "humano" quanto se alega, devido aos riscos de sofrimento físico ou erros na aplicação dos fármacos.

À medida que o ano avança, o estado sulista continua sendo um ponto quente na discussão sobre a pena de morte nos Estados Unidos.

O caso de Jones, juntamente com os recursos pendentes, mantém a atenção do público e dos defensores dos direitos humanos, que se opõem ao que consideram uma prática desumana e irreversível.

Perguntas frequentes sobre as executações na Flórida e o caso de Victor Tony Jones

Por que o número de execuções na Flórida aumentou em 2025?

O aumento das execuções na Flórida em 2025 se deve a políticas estaduais mais agressivas em relação ao uso da pena capital, impulsionadas pelo governador Ron DeSantis e apoiadas por legisladores e promotores do mesmo partido. Essas políticas aceleraram os processos judiciais e de apelação, permitindo que mais condenações à morte fossem realizadas em um tempo reduzido. Essa abordagem levou a Flórida a superar seu recorde histórico de execuções em um único ano.

Quem é Victor Tony Jones e por que será executado?

Victor Tony Jones é um homem de 64 anos condenado pelo assassinato de um casal durante um roubo em dezembro de 1990 em Miami-Dade. Jones foi preso após matar Matilda e Jacob Nestor, com quem trabalhava, e foi considerado culpado de duas acusações de homicídio em primeiro grau e duas acusações de roubo à mão armada. Apesar de seus esforços para apelar, a execução está marcada para 30 de setembro de 2025.

Quais métodos de execução são utilizados na Flórida e por que são controversos?

Florida utiliza a injeção letal como método principal de execução, composta por um sedativo, um agente paralisante e uma substância que impede o coração de funcionar. Este procedimento tem sido objeto de controvérsia devido aos riscos de sofrimento extremo se não for administrado corretamente. Especialistas médicos e organizações de direitos humanos questionam sua humanidade e ética, argumentando que pode violar padrões internacionais de direitos humanos.

Qual é a postura do público e das organizações sobre a pena de morte na Flórida?

A pena de morte na Flórida é um tema de debate polarizado. Enquanto alguns setores políticos e cidadãos a apoiam como uma medida de justiça, organizações civis, ativistas religiosos e defensores dos direitos humanos se opõem firmemente, qualificando-a como desumana e irreversível. A organização Floridians for Alternatives to the Death Penalty e líderes religiosos, como o arcebispo de Miami, expressaram seu repúdio às execuções, defendendo penas severas que respeitem a dignidade humana, como a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

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