A Segurança do Estado classifica o congresista Carlos Giménez como "anexionista"

A Segurança do Estado cubano acusa o congressista Carlos Giménez de ter uma agenda anticastrista, após sua visita a Guantánamo e seu apoio a políticas de Trump.

Carlos GimenezFoto © Facebook / MININT

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A Segurança do Estado cubana qualificou de “anexionista” o congressista republicano Carlos Giménez, representante pela Flórida, a quem acusa de manter uma agenda “anticubana obsessiva” e de responder a “interesses da extrema direita” nos Estados Unidos.

O texto, assinado pelo jornalista do Granma Francisco Arias Fernández e postado no Facebook pelo MININT, critica a visita que Giménez realizou em março à base naval de Guantánamo Bay, onde expressou sentir-se “profundamente honrado” em supervisionar operações no centro de detenção e nas instalações migratórias do enclave militar.

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Segundo o artigo, essa viagem evidencia sua “alinhamento com os planos de Washington contra Cuba”.

O órgão do Partido Comunista também reprochou a Giménez seu apoio às políticas migratórias do presidente Donald Trump e o acusou de “dar as costas” aos imigrantes e às comunidades latinas de seu distrito, enquanto concentra seus esforços em promover sanções e medidas de pressão contra a ilha.

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O reportagens recorda críticas passadas de meios da Flórida como El Nuevo Herald, que em 2020 questionou o histórico político e administrativo do então prefeito de Miami-Dade.

Além disso, vincula-o politicamente aos senadores Marco Rubio e aos congressistas republicanos Mario Díaz-Balart e María Elvira Salazar, a quem descreve como parte de uma “agenda coordenada contra Cuba”.

Em fevereiro passado, o regime de Havana, que se sabe estar sob escrutínio, também atacou Marco Rubio após a ampliação das restrições de vistos impostas pelos Estados Unidos, as quais afetaram funcionários cubanos e outros indivíduos envolvidos no programa de exportação de médicos.

Nem Giménez nem sua equipe responderam publicamente às acusações divulgadas na desacreditada imprensa oficial cubana.

Perguntas frequentes sobre as acusações a Carlos Giménez e sua postura sobre Cuba

Por que a Segurança do Estado cubano qualificou o congressista Carlos Giménez de "anexionista"?

A Segurança do Estado cubano qualificou Carlos Giménez de "anexionista" devido à sua postura crítica contra o regime cubano e seu apoio às políticas de pressão dos Estados Unidos. Em particular, ele é acusado de manter uma agenda "anticubana obsessiva" e de alinhar suas ações com os interesses da extrema direita americana. Além disso, sua visita à base naval de Guantánamo Bay e seu apoio a medidas migratórias restritivas foram apontados como evidência de sua oposição ao governo cubano.

Quais medidas Carlos Giménez propôs contra o regime cubano?

Carlos Giménez propôs a suspensão de voos e remessas dos Estados Unidos para Cuba com o objetivo de enfraquecer economicamente o regime cubano. Ele também pediu a deportação de pessoas ligadas ao regime cubano que residem nos EUA, argumentando que representam uma ameaça à segurança nacional. Além disso, ele instou a sanções contra países que colaboram com o regime em missões médicas, qualificadas como exploração laboral.

Como reagiu o congressista Carlos Giménez às acusações do governo cubano?

Até o momento, Carlos Giménez e sua equipe não responderam publicamente às acusações do governo cubano sobre seu suposto anexionismo e alinhamento com interesses contrários ao regime de Havana. No entanto, seu histórico mostra uma postura firme contra o governo cubano, promovendo medidas de pressão a partir de sua posição no Congresso dos Estados Unidos.

Qual impacto poderiam ter as propostas de Carlos Giménez sobre as relações entre os EUA e Cuba?

As propostas de Carlos Giménez podem intensificar as tensões entre os EUA e Cuba, especialmente ao promover medidas que buscam cortar as fontes de renda do regime cubano. Essas ações podem provocar um endurecimento das relações bilaterais e afetar a comunidade cubano-americana que depende das viagens e das remessas para manter vínculos familiares e apoiar seus familiares na ilha.

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Equipe Editorial da CiberCuba

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