Plataformas independentes confirmam 2 novos feminicídios: Totalizam 26 no ano

Em 2025, Cuba registra 26 feminicídios. Casos recentes incluem Ledisvannielis Acosta, assassinada por seu parceiro em Centro Habana, e Bárbara Tejeiro Magdaleno, encontrada em Boyeros após dias desaparecida.

Bárbara Elena Tejería Magdaleno, mãe cubana de 56 anos assassinada pelo ex-parceiro em Havana.Foto © Redes sociais

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As plataformas feministas independentes confirmaram 2 novos feminicídios, elevando o total para 26 em 2025.

“Lamentamos 2 novos feminicídios em Cuba, com a morte prematura e violenta no dia 12 de agosto de Ledisvannielis Acosta Echavarría, de 19 anos, em Centro Havana, na capital”, se lê em um post do Facebook de YoSíTeCreo em Cuba.

A organização precisou que “os fatos ocorreram na residência que [a vítima] compartilhava com seu parceiro e agressor, o qual se entregou à polícia.”

Além disso, puderam confirmar que “em 11 de agosto ocorreu o feminicídio de Bárbara Elena Tejeiro Magdaleno, 58 anos, no bairro periurbano Las Cañas, do município de Boyeros, em Havana.”

“Estava em situação de desaparecimento desde aquele dia até que seu corpo foi encontrado em um terreno baldio no dia 14 de agosto”, relataram.

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“Elena morreu nas mãos de seu parceiro, que depois tirou a própria vida. Foi verificado que havia violência anterior na relação”, afirmaram

À vítima sobrevivem 3 filhos menores de idade, acrescentou a plataforma, que enviou condolências aos familiares das vítimas.

Em 2025, 26 assassinatos de violência machista confirmados cobraram a vida de mulheres, assim como 1 assassinato de homem por motivos de gênero e 2 tentativas de feminicídio.

YoSíTeCreo em Cuba investiga 4 alertas de feminicídios em Holguín, Santiago de Cuba, Villa Clara e Camagüey.

Dos últimos feminicídios

No sábado passado, foi divulgado o feminicídio de Bárbara Elena Tejería Magdaleno, uma mãe de 56 anos cujo corpo foi encontrado em um terreno baldio na localidade de Las Cañas, em Calabazar, uma área pertencente ao município de Boyeros, em Havana.

A mulher foi supostamente atacada a golpes de facão por seu ex-parceiro, um homem com mais de 60 anos identificado como Radamé, segundo informou o meio independente 14ymedio.

Nos últimos meses, Bárbara Elena havia manifestado a seus familiares que desejava terminar o relacionamento e que se sentia perseguida. Mesmo assim, decidiu ir sozinha à casa do seu parceiro para pegar algumas coisas. Desde esse momento, não se soube mais dela.

A família denunciou seu desaparecimento, mas as autoridades se negaram a agir antes de decorridas as 72 horas estabelecidas por regulamento. Durante esses dias de incerteza, seus filhos, duas moças de 25 e 19 anos, e um adolescente de 15, aguardaram notícias que nunca chegaram.

No dia 11 de agosto, um vizinho alertou sobre a aparição de um corpo em um terreno baldio nas proximidades. O cadáver estava em avançado estado de decomposição e apresentava sinais de violência. Horas depois, o suposto agressor foi encontrado morto em uma área de arbustos, onde tudo indica que se enforcou.

Na última quinta-feira, soube-se do assassinato de Ledisvannielis Acosta Echavarría em uma residência situada na rua Amistad 360, entre San José e Barcelona, no Centro Habana, após receber uma facada, supostamente causada por seu parceiro, que a deixou caída no banheiro.

Após o crime, o suposto agressor passou o dia caminhando pela área e vendendo um cachorro que tinha como animal de estimação.

Por volta das 20h, entregou-se às autoridades alegando que havia agido sob efeito de drogas.

Perguntas frequentes sobre os feminicídios recentes em Cuba

Quantos feminicídios foram confirmados em Cuba até agora em 2025?

No que vai de 2025, foram confirmados 26 feminicídios em Cuba, de acordo com as plataformas feministas Yo Sí Te Creo en Cuba (YSTCC) e o Observatório de Gênero de Alas Tensas (OGAT). Essas organizações independentes têm sido responsáveis por documentar esses casos devido à falta de estatísticas oficiais do regime cubano.

Quem foram as vítimas dos últimos feminicídios confirmados em Cuba?

As últimas vítimas confirmadas são Ledisvannielis Acosta Echavarría, de 19 anos, e Bárbara Elena Tejeiro Magdaleno, de 58 anos. Ledisvannielis foi assassinada em sua casa em Centro Habana no dia 12 de agosto, enquanto Bárbara Elena foi encontrada morta no dia 14 de agosto em um terreno baldio no município de Boyeros, após ter estado desaparecida desde o dia 11 de agosto.

Como o governo cubano tem respondido ao problema dos feminicídios?

O governo cubano não reconhece oficialmente o termo "feminicídio" nem publica estatísticas a respeito. Embora tenha admitido o aumento da violência machista, o regime não implementou medidas efetivas para prevenir e combater esses crimes. As plataformas feministas independentes continuam exigindo a criação de políticas públicas e legislação adequada para abordar essa problemática.

Qual é o impacto dos feminicídios nas comunidades cubanas?

Os feminicídios deixam um impacto devastador nas comunidades e famílias cubanas. Em muitos casos, os menores ficam órfãos e sem o devido apoio estatal, o que ressalta a falta de mecanismos de proteção e atenção às vítimas indiretas desses crimes. A situação é especialmente grave em áreas rurais, onde o acesso a serviços de apoio é limitado.

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