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Em um regime onde as neurônios escasseiam cada vez mais entre seus líderes, a propaganda oficialista sempre encontra novas formas de mergulhar no absurdo e na irrelevância, chegando a extremos como os da União de Jovens Comunistas (UJC) de Santiago de Cuba, que neste 13 de agosto decidiu que a melhor maneira de prestar homenagem ao "legado" do ditador Fidel Castro era dar um mergulho na praia El Berraco.
A nota publicada em Facebook pela própria organização, afirma orgulhosamente que 300 jovens do Campamento de Verão desfrutaram de “um refrescante banho” em uma das praias mais apreciadas da província.
“Com esse tipo de atividades, o acampamento busca oferecer alternativas saudáveis de recreação às novas gerações, ao mesmo tempo em que presta homenagem ao legado do Comandante em Chefe Fidel Castro”, indicou a UJC em sua publicação. Sério?
Lo que está acontecendo em Cuba já não é decifrado nem por Alan Turing. Nem matemáticos nem adivinhos, nem algoritmos ou vísceras de cachorro; o "químico" está prestes a se tornar a chave para explicar o que se passa pelas cabeças dos ideólogos, comunicadores e propagandistas da chamada "revolução".
Homenagem a Fidel Castro na praia El Berraco? Por menos que isso, o homenageado te mandava cortar cana pelo resto da sua vida, te mergulhava em formol e você passava a fazer parte da sua coleção de malucos e fenômenos que se achavam originais, e terminavam retorcidos em Villa Marista, onde os maquiadores do MININT te deixavam com o rosto extasiado que agradava ao facínora Don Berraco em Chefe.
Talvez em Santiago já não se fale o cubano de sempre, talvez as novas gerações usem outro termo para descrever um tipo desajeitado, inútil, arrogante e cheio de ego. Enfim, um imbecil, um sujeito desses que anda por aí fazendo barbaridades, revoluções energéticas, safras de 10 milhões, cordões de Havana e provocando Crises dos Mísseis.
Que a juventude comunista decida homenagear a Fidel se banhando no El Berraco é, portanto, uma metáfora tão exata que nem o melhor roteirista de sátira poderia inventá-la. O berraco como lugar e como símbolo: um macho inflado de ego, orgulhoso de si mesmo embora tenha mau cheiro (como um verraco, do latim verres, porco macho) e sua única contribuição para a espécie tenha sido procriar desgraças.
A UJC apresentou-o como “uma jornada de diversão” que oferece “alternativas saudáveis de recreação” às novas gerações, omitindo que, para a maioria dos jovens cubanos, as verdadeiras alternativas passam por emigrar ou sobreviver no dia a dia, não por entoar palavras de ordem entre uma onda e outra.
Mas lá estão eles, sorridentes, cumprindo a agenda da "continuidade", enquanto o país afunda na miséria e o apagão ameaça escurecer até o último canto da ilha. Tudo em nome de um legado que, paradoxalmente, deixou a juventude com menos futuro do que um porco velho em uma fazenda sem fêmeas.
E assim, entre águas cristalinas e consignas envelhecidas, a praia El Berraco entra pela porta grande do imaginário político cubano: como o cenário ideal para celebrar a obra de um berraco histórico… e de todos os berracos que seguem seu exemplo.
Visto o que se passou, não é de estranhar que amanhã tirem Meyvis Estévez da liderança dos berracos da Juventude... e no seu lugar coloquem o berraco de Sandro Castro.
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