Los porta-vozes oficialistas do programa "Con Filo ameaçaram cancelar suas transmissões ao vivo nas redes sociais devido às novas medidas da Empresa de Telecomunicações de Cuba (ETECSA), que restringem as recargas móveis em pesos cubanos.
Desde o espaço La Correspondencia, que os porta-vozes Michel Torres Corona e Gabriela Fernández Álvarez conduzem para repetir a propaganda do regime, os jovens, entre risos, mencionaram que poderia ser a última transmissão ao vivo devido ao novo aumento tarifário da ETECSA.
"Estamos aqui de novo em uma direta, A Correspondência, a direta de Con Filo, e como dissemos no anúncio, aproveitem porque talvez seja a última", disse Corona, sem especificar a que se referia.
"Vamos ter que analisar, com a recente notícia, como vamos poder fazer, insistiu o porta-voz, em uma evidente zombaria, quando o regime financiou o programa e as viagens dos condutores para manipular o povo."

Dezenas de internautas comentaram as palavras de Corona no programa, dedicado a difamar o Chefe da Missão da Embaixada dos EUA, Mike Hammer, e desmentir que exista uma ditadura no país.
"Que tipo de perda de tempo... Para isso mesmo foram reduzidos os dados para não ver essa bobagem", escreveu uma pessoa.
Outros o acusaram de ser um programa baseado em mentiras para descredenciar aqueles que se opõem ao regime.
"Vocês em Cuba não respeitam nem a liberdade de expressão nem a vida digna de um ser humano, do que vocês estão falando?", pronunciou outro.
O aumento das tarifas da ETECSA limitou severamente o uso do peso cubano para recargas móveis, impondo um máximo de 360 CUP mensais e promovendo pacotes em dólares.
Isto fará com que o acesso à Internet e à telefonia móvel seja cada vez mais caro e inacessível para a população que não recebe remessas, aprofundando a desigualdade econômica e limitando a conectividade para uma grande parte dos cubanos.
A presidenta da ETECSA, Tania Velázquez, justificou a medida com a necessidade de injetar divisas na empresa, que enfrenta um alto endividamento.
A decisão busca manter os serviços atuais e aproveitar um mercado fora de Cuba interessado em se comunicar com seus familiares.
O tarifazo do monopólio da ETECSA provocou o rechazo imediato entre a população cubana, que tem visto como o acesso à internet e à telefonia móvel se tornou cada vez mais caro e inacessível.
Muitos usuários nas redes sociais classificaram as medidas como um “roubo à mão armada”, ao denunciar que os novos planos em CUP superam até mesmo o salário mínimo mensal na ilha.
Perguntas frequentes sobre o novo aumento de tarifas da ETECSA em Cuba
O que implica o novo aumento de tarifas da ETECSA para os cubanos?
O novo aumento de tarifas da ETECSA limita as recargas em pesos cubanos (CUP) a um máximo de 360 CUP mensais, obrigando os usuários a adquirirem pacotes de dados mais caros em dólares americanos (USD). Isso aprofunda a desigualdade econômica e limita a conectividade para aqueles que não recebem remessas, tornando o acesso à Internet e à telefonia móvel cada vez mais inacessível para a maior parte da população cubana.
Por que a ETECSA implementou essas novas medidas tarifárias?
A presidenta da ETECSA, Tania Velázquez, justificou a medida pela necessidade de injetar divisas na empresa devido a um alto endividamento. A ETECSA perdeu mais de 60% de sua receita externa devido a fraudes em recargas internacionais, o que impactou sua situação financeira. A empresa busca captar divisas do mercado de emigrados cubanos para sustentar seus serviços.
Como o aumento das tarifas afeta a população sem acesso a dólares?
O tarifazo afeta gravemente a população que não tem acesso a divisas, já que os planos em CUP são excessivamente caros e superam até mesmo o salário mínimo mensal na ilha. Isso deixa muitos cubanos praticamente sem opções acessíveis para se conectar à Internet, aprofundando a brecha digital e social no país.
Qual tem sido a resposta da população cubana diante dessas medidas?
A resposta foi de rejeição e indignação. Muitos cubanos consideram as medidas como um "roubo à mão armada" e uma fraude legalizada que aumenta a desigualdade econômica. A população expressou sua frustração nas redes sociais, qualificando a medida como uma agressão direta à sua qualidade de vida e ao acesso à informação.
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