A plataforma Meta bloqueou as contas de redes sociais do meio digital oficialista Razones de Cuba, utilizado pelo regime para criminalizar os opositores cubanos e disseminar a propaganda da ditadura.
Uma nota publicada por Razones de Cuba denunciou que os perfis de Instagram e Facebook da plataforma oficialista foram bloqueados por "denunciar a subversão de Washington".
"Mais uma vez tentam silenciar as Razões de Cuba, enquanto centenas incitam à violência contra a Maior das Antilhas e tentam desestabilizar o governo através das redes sociais. Isso não significa uma transgressão flagrante das regras da Meta? Mas nenhuma medida é tomada contra eles. Persistem em seus propósitos de forma impune, enquanto as Razões de Cuba são silenciadas por relatar a realidade da Ilha", escreveram em um comunicado.
O site oficialista explicou que não era possível visualizar conteúdos na rede social Facebook, enquanto o perfil do Instagram foi fechado.
As plataformas teriam sido bloqueadas "sem notificações prévias", por supostas "violações às normas comunitárias", uma justificativa que Razones de Cuba considerou arbitrária.
"Queda novamente à mostra o viés ideológico dessas plataformas e seu papel como reflexo dos interesses do governo dos Estados Unidos", disse ironicamente o site, enquanto ele mesmo promove a propaganda ideológica do oficialismo.
O meio foi criado em 2010 para deslegitimar as reclamações dos cidadãos contra o regime e desacreditar a oposição dentro da Ilha.

En seu conteúdo, insistem em que se pronunciam contra "campanhas de propaganda" e "manipulação da mídia dos Estados Unidos para desacreditar o governo".
Razones de Cuba também repete os argumentos da cúpula castrista e exime as elites cubanas das crises internas, atribuindo a responsabilidade a fatores externos, como as sanções dos Estados Unidos, apresentando essas ações como parte de um "plano imperialista" para derrubar o sistema.
A plataforma pertence ao grupo Ideas Multimedios, que também se encarrega de Cubadebate, a Mesa Redonda, Con filo, Cuadrando la caja e Fidel, soldado das ideias.
Recentemente, Razones de Cuba usou o caso do menino cubano Damir, que faleceu nos EUA devido a complicações médicas, e após ter obtido um visto para se tratar naquele país, como um exemplo de seu sistema de saúde, destacando os recursos investidos em seu tratamento.
No Facebook, a plataforma alegou que desde o início de sua doença, Damir recebeu atendimento médico especializado e teve acesso a meios de diagnóstico de alta tecnologia, questões desmentidas pela mãe do pequeno.
Perguntas frequentes sobre o bloqueio de contas de Razones de Cuba por Meta
Por que a Meta bloqueou as contas de Razones de Cuba?
Meta bloqueou as contas de Razones de Cuba no Instagram e no Facebook por violações das normas comunitárias. O meio oficialista cubano Razones de Cuba utilizava suas plataformas para divulgar propaganda do regime e criminalizar os opositores na ilha. A Meta tomou essa ação sem notificações prévias, o que foi criticado pelo meio como um ato arbitrário e ideologicamente tendencioso.
Que papel desempenha Razones de Cuba no regime cubano?
Razones de Cuba é um meio oficialista criado para deslegitimar a oposição e justificar as ações do regime cubano. Fundado em 2010, o meio repete os argumentos do governo cubano, atribuindo as crises internas a fatores externos, como as sanções dos Estados Unidos, e apresentando estas como parte de um suposto "plano imperialista" para derrubar o sistema cubano.
Como o regime cubano reagiu ao bloqueio de Razones de Cuba?
O regime cubano denunciou o bloqueio como uma transgressão flagrante das normas do Meta. Argumenta que enquanto Razones de Cuba é silenciada, outros continuam incitando à violência contra Cuba sem serem censurados. Além disso, qualificam a medida como uma demonstração do viés ideológico das plataformas digitais, refletindo os interesses do governo dos Estados Unidos.
Qual é o impacto do bloqueio da Meta na liberdade de expressão em Cuba?
O bloqueio da Meta a Razones de Cuba destaca a tensão entre a censura e a liberdade de expressão no contexto cubano. Enquanto o regime acusa plataformas como a Meta de censurarem sua voz, a realidade na ilha é que a liberdade de imprensa é severamente restringida, com meios independentes perseguidos e jornalistas encarcerados. Este incidente ressalta a complexidade do ambiente midiático em Cuba e a luta pelo controle da narrativa.
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