Multa de 1.500 pesos a vizinho que matou gato em Holguín; ativistas reagem

"O silêncio e a inação nos tornam cúmplices da injustiça."

GatinhaFoto © Facebook/ Lourdes Elena-Revolico Mayarí

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O Departamento de Sanidade Animal (DSA) de Mayarí multou um vizinho identificado como Manolo em 1.500 pesos cubanos e deu uma advertência, após determinar que ele foi o único responsável pela morte de a gata Luna. Assim informou a rede Bem-Estar Animal Cuba (BAC) por meio de um comunicado publicado nas redes sociais.

"Chegou-se à conclusão de que o único responsável pela morte de Luna foi um dos vizinhos, Manolo, sem que houvesse elementos na investigação que pudessem demonstrar que os outros vizinhos, Mabel e Alexander, tiveram algum grau de participação", cita o texto.

Segundo a BAC, na investigação, apenas um testemunho ocular foi entrevistado, uma vez que "o outro não compareceu". A organização considerou que a medida representa uma vitória parcial, embora insuficiente. "O valor irrisório da multa, em comparação ao nível de agressão a uma criatura indefesa a ponto de provocá-la a morte, continua a deixar claro que o Decreto Lei deve ser modificado o mais rápido possível e incluir o maltrato e a crueldade animal como um crime no Código Penal".

Lourdes Elena, tutora do animal, continuará com ações legais com o objetivo de que também sejam punidos os outros envolvidos. “Nas investigações mencionadas, não foram ouvidas todas as testemunhas que tinham conhecimento dos fatos e, em consequência, elas são superficiais”, indicou o comunicado.

O caso provocou inúmeras reações nas redes sociais. Usuários classificaram a multa como “uma zombaria”, “insuficiente” e “uma falta de respeito”. Alguns lembraram que “não comparecer como testemunha” também deveria ser considerado uma falta, enquanto outros denunciaram que “a lei de proteção animal em Cuba é apenas para enfeitar”.

A morte de Luna foi denunciada publicamente no final de abril. Sua dona acusou três vizinhos de terem jogado a gata de um terceiro andar e de a terem agredido até causar sua morte. A denúncia foi publicada inicialmente nas redes sociais e apoiada pela BAC.

Dias depois, a denunciante foi informada sobre as acusações de suposta difamação, o que gerou novas críticas contra as autoridades pelo seu tratamento do caso.

O caso continua sendo motivo de debate na comunidade animalista, que reivindica sanções mais severas e uma reforma legal que reconheça a crueldade animal como crime penal em Cuba.

Perguntas frequentes sobre o maltrato animal em Cuba e o caso da gata Luna

Qual foi a sanção imposta ao responsável pela morte da gata Luna em Holguín?

O Departamento de Sanidade Animal de Mayarí multou em 1.500 pesos cubanos o vizinho Manolo, após determinar que ele foi o único responsável pela morte da gata Luna. Esta sanção foi criticada por sua insuficiência em comparação com a gravidade do ato.

Por que a multa imposta pela morte de Luna é considerada insuficiente?

A rede Bienestar Animal Cuba (BAC) e outros ativistas consideram que o valor da multa é irrisório em comparação com a gravidade do ato de maltrato e morte de um animal indefeso. Exigem uma reforma legal que considere o maltrato e a crueldade animal como crimes penais em Cuba.

Que ações legais adicionais a dona da Luna planeja tomar?

Lourdes Elena, a tutora de Luna, continuará ações legais em busca de sanções para os outros implicados, Mabel e Alexander, uma vez que considera que a investigação foi superficial e não foram entrevistadas todas as testemunhas.

Qual é a posição dos ativistas e da comunidade sobre a lei de proteção animal em Cuba?

Os ativistas e a comunidade de proteção animal em Cuba consideram que a lei de proteção animal é ineficaz e exigem uma legislação mais rigorosa que inclua sanções penais para o maus-tratos a animais. Eles afirmam que o Decreto-Lei 31 de Bem-Estar Animal não é suficiente para prevenir e punir atos de crueldade.

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