Otaola reage ao pedido de Carlos Giménez sobre os repressors cubanos nos EUA: "Esse homem cinza está ganhando cor"

"No final, você e eu vamos ser melhores amigos. Eu vejo isso vindo, porque você tem dificuldade em começar, mas quando você acelera, essa máquina funciona bem", disse Otaola.


O apresentador cubano-americano Alexander Otaola reagiu à iniciativa do congressista Carlos Giménez, que pediu a investigação e possível deportação de 100 cubanos vinculados ao regime castrista que residem atualmente nos Estados Unidos, muitos deles acolhidos sob o programa de liberdade condicional humanitária (parole).

Durante uma transmissão de seu programa ¡Hola Ota-Ola!, veiculado nas redes sociais, Otaola elogiou a ação de Giménez, embora não sem seu característico tom irônico: "Muito bem por Giménez, esse homem cinza está ganhando cor", disse entre risadas.

"Vamos, Giménez, você verá que no final você e eu vamos ser best friends. Eu consigo prever isso, porque você tem dificuldade para começar, é como se você tivesse o câmbio travado, mas quando você já acelera, essa máquina funciona bem", acrescentou zombeteiro.

O influenciador, conhecido por sua postura frontal contra a ditadura cubana, lembrou que o relatório apresentado por Giménez representa um passo importante na luta do exílio cubano contra a infiltração de repressoras em território americano.

"Assim eu gosto, que comecem a temer os repressoras e os cúmplices da ditadura", afirmou.

Otaola lembrou que muitos dos sujeitos mencionados no relatório foram denunciados pela comunidade cubana no país, que vem alertando há tempo sobre a entrada no país de antigos funcionários, agentes e repressões do regime de Havana.

Suas declarações refletem o crescente interesse e vigilância que o exílio cubano mantém em torno do tema. "Todos estamos atentos para que a função comece", disse, referindo-se à deportação de aqueles que abusaram do sistema migratório estadounidense para se estabelecer no país.

Em sua transmissão, Otaola fez uma proposta ao político cubano-americano.

"Sugiro que faça uma nova visita à Base Naval de Guantánamo, mas desta vez acompanhado de representantes do exílio, para enviar de lá uma mensagem clara ao povo cubano de que se levante e lute por seus direitos. Seria muito bonito", afirmou.

"Conte conosco para isso", sublinhou.

Da crítica ao apoio

A posição de Otaola marca uma mudança em seu discurso em relação ao congressista republicano. Dias atrás, criticou a visita de Giménez à Base Naval de Guantánamo, considerando que a viagem carecia de simbolismo e valor político por não incluir membros do exílio nem líderes opositores.

"Giménez é como um surdo. Que homem sem cor! Você nunca viu Giménez nem feliz, nem triste, nem deprimido, nem preocupado. Você vê Giménez sempre com a mesma expressão, é como um goldfish. Ele não transmite nenhum sentimento. É uma coisa fria", sentenciou então Otaola.

No entanto, com a apresentação do relatório "Repressores cubanos nos Estados Unidos da América", o influenciador parece ter mudado de tom, vendo na iniciativa uma aproximação às reivindicações históricas do exílio cubano.

No documento, Giménez identifica ex-militares, agentes de inteligência e funcionários do regime que, apesar de seu histórico de violações de direitos humanos, conseguiram se estabelecer nos Estados Unidos, o que representa, segundo o congressista, uma ameaça direta à segurança nacional e aos valores democráticos do país.

"La presença desses operativos do regime não só coloca em risco nossas comunidades, mas também oferece ao regime cubano uma base para espionagem, coerção política e atividades ilícitas dentro de nossas fronteiras", advertiu Giménez em uma carta enviada à secretaria do Departamento de Segurança Nacional (DHS), Kristi Noem.

O apoio de figuras da mídia como Otaola poderia dar um novo impulso à pressão sobre as autoridades federais para que atuem com firmeza, em meio a um debate cada vez mais acalorado sobre os limites da liberdade condicional humanitária e a necessidade de filtrar aqueles que chegam com um passado relacionado à repressão em Cuba.

Perguntas Frequentes sobre a Iniciativa de Deportação de Repressores Cubanos nos EUA.

O que busca a iniciativa de Carlos Giménez contra cubanos vinculados ao regime castrista?

A iniciativa busca investigar e deportar 100 cubanos vinculados ao regime castrista que residem nos Estados Unidos e que foram acusados de violações aos direitos humanos. Esse esforço faz parte de uma campanha para proteger a segurança nacional e conter a infiltração de represores no país.

Quem são os cubanos mencionados no relatório de Giménez?

O relatório identifica ex-militares, agentes de inteligência e funcionários do regime cubano que, apesar do seu histórico repressivo, conseguiram se estabelecer nos EUA utilizando programas migratórios como o parole humanitário e a Lei de Ajuste Cubano.

Por que Alexander Otaola apoia a iniciativa de Carlos Giménez?

Alexander Otaola, conhecido por sua postura crítica em relação ao regime cubano, vê na iniciativa um passo importante na luta do exílio cubano contra a infiltração de repressoras. Otaola apoia o relatório por representar uma abordagem às reivindicações históricas do exílio cubano, buscando justiça para as vítimas da repressão em Cuba.

Como a comunidade cubano-americana tem reagido a esta iniciativa?

A comunidade cubano-americana demonstrou um crescente interesse e vigilância sobre este tema. Figuras midiáticas e líderes políticos do exílio apoiaram a iniciativa, exortando as autoridades a agir com firmeza na deportação de repressões, em meio a um debate sobre a liberdade condicional humanitária e a segurança nacional.

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Equipe Editorial da CiberCuba

Uma equipe de jornalistas comprometidos em informar sobre a atualidade cubana e temas de interesse global. No CiberCuba, trabalhamos para oferecer notícias verídicas e análises críticas.

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