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O Departamento de Estado anunciou oficialmente nesta sexta-feira o fechamento definitivo da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), marcando o fim de uma era na política de ajuda externa de Washington.
A decisão ocorreu horas antes de um tribunal de apelações revogar uma ordem anterior que impedia Elon Musk e o Departamento de Eficácia Governamental (DOGE) de avançar na desmantelação da agência, informou a rede .
Em um memorando dirigido aos funcionários da USAID, Jeremy Lewin, subdiretor da agência e ex-funcionário do DOGE, informou que o Departamento de Estado assumirá muitas das funções e programas da USAID.
"Essa transição melhorará significativamente a eficiência, a responsabilidade e o impacto estratégico de nossos programas de assistência externa", afirma o documento. Além disso, é indicado que "todas as posições não estatutárias na USAID serão eliminadas".
O secretário de Estado, Marco Rubio, celebrou a medida, argumentando que "graças ao presidente Trump, esta era de gastos desnecessários e descontrolados chegou ao fim".
Rubio destacou que o novo modelo garantirá que a ajuda externa se concentre exclusivamente nos interesses nacionais dos EUA.
No entanto, críticos da administração Trump alertaram que o fechamento da USAID poderia enfraquecer a influência americana no exterior e afetar seriamente populações vulneráveis que dependiam da assistência para saúde, alimentação e necessidades básicas fornecidas pela agência.
Organizações humanitárias e especialistas também apontaram que essa ação poderia favorecer regimes autocráticos e enfraquecer o apoio aos direitos humanos em países em crise.
Por exemplo, a redução de fundos impactou diretamente os meios de comunicação independentes em Cuba, como Diario de Cuba, Cubanet e El Estornudo, que dependiam em parte de subsídios da USAID para operar.
A suspensão desses fundos levou essas plataformas a buscar apoio financeiro de seus leitores para continuar seu trabalho jornalístico diante da máquina totalitária e repressiva do regime cubano.
O Departamento de Estado notificou o Congresso sobre sua intenção de integrar algumas funções da USAID dentro de sua estrutura antes de 1º de julho deste ano, embora o fechamento da agência continue enfrentando contestações legais em vários tribunais.
Perguntas frequentes sobre o fechamento da USAID
Por que se fechou a USAID?
A USAID foi encerrada por decisão do Departamento de Estado, com o objetivo de integrar suas funções e programas sob seu controle para melhorar a eficiência, responsabilidade e impacto estratégico da assistência externa dos Estados Unidos. Essa decisão foi apoiada pela administração Trump, que argumentou que a agência não alinhava seus programas com os interesses nacionais dos EUA.
Qual é o impacto do fechamento da USAID em Cuba?
O fechamento da USAID afeta gravemente os meios de comunicação independentes e ONGs em Cuba, que dependiam de suas subvenções para promover a democracia e os direitos humanos. Sem esses fundos, organizações como Diario de Cuba e Cubanet tiveram que buscar apoio financeiro de seus leitores para continuar seu trabalho jornalístico frente ao regime cubano.
Quais funções o Departamento de Estado assumirá após o fechamento da USAID?
O Departamento de Estado assumirá muitas das funções e programas da USAID, integrando a assistência exterior dentro de sua estrutura para alinhá-la com os interesses nacionais dos Estados Unidos. Essa transição busca melhorar a efetividade da ajuda exterior e garantir que ela seja orientada exclusivamente para os interesses do país.
Quais são as críticas ao fechamento da USAID?
As críticas ao fechamento da USAID apontam que isso poderia enfraquecer a influência global dos EUA e afetar populações vulneráveis que dependiam de sua assistência. Os detratores alertam que a medida poderia favorecer regimes autocráticos e enfraquecer o apoio aos direitos humanos. Além disso, teme-se que a suspensão de fundos impacte negativamente meios de comunicação e ONGs em países como Cuba.
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