María Elvira Salazar desconsidera a importância da filtragem de chats militares nos EUA: Estes são seus argumentos

María Elvira decidiu não avaliar a gravidade da situação e pediu para se concentrar no resultado: a morte de muitos terroristas.


A congressista cubano-americana, María Elvira Salazar, minimizou o grave erro cometido pelo alto comando militar dos Estados Unidos, que incluiu um jornalista em um grupo de mensangem privada de altos funcionários que discutiam planos bélicos contra os rebeldes hutíes no Iémen.

Con frases como "não nos distraiamos por um erro" ou "que atire a primeira pedra quem nunca cometeu um erro", María Elvira decidiu não avaliar a gravidade da situação e pediu que nos concentrássemos no resultado: a morte de muitos terroristas.

"Uma das principais tarefas da nossa equipe de inteligência é eliminar terroristas, e isso é exatamente o que fizeram com os hutíes. Lembrem-se, Biden havia removido os hutíes da Organização de Terroristas Estrangeiros. Apenas os deixou atacar todos os nossos barcos! Não nos deixemos distrair por um erro!", escreveu em X María Elvira junto a um trecho de entrevista onde dizia algo semelhante na televisão nacional.

"Que atire a primeira pedra quem nunca cometeu um erro. Patriotismo como Hegseth e Waltz nunca deixará de lutar pelos americanos. Após quatro anos de fraqueza, é encorajador ter líderes com verdadeira experiência militar para restaurar a segurança dos EUA!", escreveu em outra publicação, nesse caso em espanhol, na plataforma X.

Na seção de comentários de ambas as publicações, alguns internautas discordaram da congressista republicana.

"María Elvira, isso não é um 'erro'; é negligência de altos membros do gabinete que colocam em risco os militares americanos ao usar aplicativos de comunicação inseguros. Faça-os responsáveis, é seu trabalho", escreveu um deles.

Falta grave que a Casa Branca nega

A administração de Donald Trump cometeu um erro incomum ao incluir acidentalmente um jornalista em um grupo de mensagen privada onde altos funcionários discutiam planos bélicos contra os rebeldes hutis no Iémen.

A filtragem gerou alvoroço em Washington e desencadeou uma investigação interna, apesar de que a Casa Branca tem tentado minimizar a questão.

Jeffrey Goldberg, editor-chefe de The Atlantic, revelou nesta segunda-feira em um artigo intitulado "A Administração Trump acidentalmente me enviou mensagens sobre seus planos de guerra", que foi adicionado a um chat no aplicativo Signal a princípios de março.

A conta que o incluiu tinha o nome do assessor de segurança da Casa Branca, Mike Waltz.

O grupo de mensageria era composto por figuras-chave da administração, como o vice-presidente JD Vance; o secretário de Defesa, Pete Hegseth; o Secretário de Estado, Marco Rubio, e a diretora Nacional de Inteligência, Tulsi Gabbard.

Na conversa, foram discutidos detalhes estratégicos de ataques contra os houthis, incluindo horários e tipos de armamento a serem utilizados, conforme indicou o repórter.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Brian Hughes, reconheceu que as mensagens pareciam “autênticas” e garantiu que o governo estava investigando como um número não autorizado foi incluído na conversa.

Por sua parte, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, negou que a administração de Trump tivesse debatido planos militares em um chat privado.

Da mesma forma, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, acusou Goldberg de ser sensacionalista, afirmando que tudo foi uma exageração de sua parte e que, assim como Maria Elvira, decidiu se concentrar no resultado.

O presidente Donald Trump afirmou que não tinha conhecimento do artigo de The Atlantic e minimizou a publicação. “Não sei nada a respeito. Não sou um grande fã de The Atlantic. Acho que é uma revista que vai desaparecer”, declarou à imprensa.

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Equipe Editorial da CiberCuba

Uma equipe de jornalistas comprometidos em informar sobre a atualidade cubana e temas de interesse global. No CiberCuba, trabalhamos para oferecer notícias verídicas e análises críticas.

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