Belkis Castillo Méndez, mãe da Beatriz Monteagudo, uma cubana com I-220A, detida pelo ICE (Serviço de Controle de Imigração e Alfândega) em Miramar (Broward) no último dia 10 de março e transferida cinco dias depois para o Otay Center, em San Diego, Califórnia, pede ajuda a todos os cubanos, especialmente aos da província de Sancti Spíritus que vivem nos Estados Unidos, para que a ajudem a arrecadar fundos para pagar um advogado para sua filha. "Ajude-me a ajudá-la", diz, desconsolada, à CiberCuba.
A mãe de Beatriz Monteagudo explica em vídeos enviados a esta plataforma que sua filha foi às oficinas do ICE, em Miramar, porque recebeu uma citação para se apresentar e lá acabou detida. "Ela é uma jovem que cruzou a fronteira há mais ou menos um ano. Chegou aos Estados Unidos e recebeu uma I-220A; já havia apresentado seu pedido de asilo político; foi convocada para a Corte em fevereiro e, embora não tivessem dado uma data, após isso ela já estava tramitando seu permissão de trabalho. Nós não conseguimos nos comunicar com ela, onde está detida."
Um amigo da jovem que este ano completa 26 anos (28 de agosto de 1999) abriu uma petição em GoFundme.com sob o título, "Ajuda para um advogado", na qual agradece antecipadamente qualquer colaboração que lhes permita contratar assistência legal para Beatriz Monteagudo, que neste momento compartilha a cela com presas comuns na Califórnia. Até agora, conseguiu arrecadar apenas 610 dólares, uma quantia insuficiente para pagar uma fiança que, segundo especialistas em Imigração, dependendo do juiz, costuma variar entre 3.000 e 12.000 dólares.
Beatriz Monteagudo, graduada em uma especialidade técnica em Ciências Médicas em Cuba, foi transferida para San Diego há três dias, vindo de Broward, com escala em Arizona. Ainda não a informaram absolutamente nada sobre seu futuro imediato. Sua situação econômica é delicada, pois não tinha permissão para trabalhar e estava à espera de consegui-la. De fato, ela confiava que receberia a notificação sobre a concessão ou não, mas o ICE em Miramar confiscou seu telefone, o que a impede de saber se já obteve essa permissão.
Sua mãe teme que Beatriz Monteagudo seja deportada para Cuba, depois de tudo que aconteceu para que ela chegasse à fronteira dos Estados Unidos com o México em busca de liberdade. "Se não há liberdade lá, onde a há?", questiona desde Cuba, visivelmente triste com a sorte que pode esperar por sua filha. Ela declara abertamente que a jovem não quer estar lá porque discorda do sistema político do Partido Comunista.
Após as notícias das prisões de cubanas com I-220A, a congressista María Elvira Salazar intercedeu por elas e pediu a altos funcionários do ICE que parem as detenções dessas pessoas, uma vez que ela está considerando levar ao Congresso uma proposta de lei que permita que recebam um parole e assim possam se beneficiar da Lei de Ajuste Cubano.
O advogado especializado em Imigração Willy Allen acredita que os três congressistas cubano-americanos Mario Díaz-Balart, Carlos Giménez e María Elvira Salazar têm força suficiente para obrigar o Departamento de Segurança Nacional a resolver o problema dos cubanos com I-220A, uma vez que ele considera que, tendo sido identificados e admitidos nos Estados Unidos, aplicam-se à Lei de Ajuste Cubano. Na sua opinião, é uma decisão administrativa que depende exclusivamente da vontade política.

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