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O regime cubano destacou o apoio dos líderes caribenhos ao seu programa de cooperação médica, em meio ao escrutínio internacional e às sanções impostas pelos Estados Unidos.
A Chancelaria cubana destacou que vários primeiros-ministros da região manifestaram sua disposição de abrir mão do acesso ao território americano antes de renunciar à assistência médica cubana, que consideram fundamental para os seus sistemas de saúde.
O primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, apoiou abertamente o programa e afirmou: “Se for determinado que eu terei que perder meu visto, eu farei. Mas não posso deixar morrer 60 pessoas trabalhadoras e pobres que dependem dos médicos cubanos.”
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores de Granada, Joseph Andall, assegurou que a infraestrutura de saúde de seu país colapsaria sem a intervenção de médicos cubanos. A ministra das Relações Exteriores da Jamaica, Kamina Johnson Smith, também destacou que mais de 400 profissionais da ilha trabalham no sistema de saúde de sua nação.
O embaixador de Barbados ante a CARICOM, David Commissiong, acusou os EUA de utilizarem essas sanções como parte de uma política histórica de pressão contra Cuba. “Isto é uma continuação da vendetta americana contra a ilha”, afirmou.
O regime cubano denunciou a política do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que anunciou restrições de visto para funcionários de países que mantiverem programas de cooperação médica com Cuba.
Washington justificou essa medida ao argumentar que as missões médicas cubanas constituem uma forma de trabalho forçado e tráfico de pessoas, alegações que foram rejeitadas pelo governo cubano e por vários líderes do Caribe.
Havana tem defendido sua cooperação médica em múltiplos fóruns, assegurando que seus profissionais trabalham em condições dignas e que esses programas têm sido implementados ao longo de décadas com acordos legítimos entre os governos.
No entanto, organizações internacionais e o próprio Departamento de Estado dos EUA apontaram que muitos médicos cubanos são enviados ao exterior sob condições de exploração, com restrições de movimento e sem receber diretamente seus salários.
Desde o ministério das Relações Exteriores de Cuba, o chanceler Bruno Rodríguez Parrilla condenou a política americana e afirmou que responde a "uma agenda política alheia aos interesses do povo cubano e do Caribe".
Enquanto isso, a controvérsia continua a escalar e os governos da região insistem que a cooperação com Cuba é uma necessidade inegociável para a saúde de seus cidadãos. Suas declarações foram amplamente divulgadas nas redes sociais de altos funcionários da diplomacia cubana, que consideram esses pronunciamentos como uma vitória de seus argumentos e de sua narrativa sobre a cooperação médica do regime.
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