Régimen cubano exalta o serviço militar feminino: “Na defesa da Pátria, adquirem uma dimensão infinita”

O MINFAR exaltou o serviço militar feminino como um “baluarte” da Revolução, reforçando a militarização do país e a preparação de jovens não apenas para a defesa interna, mas também para conflitos externos.

Jovens cubanas no Serviço MilitarFoto © Facebook/FMC La Palma

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O Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (MINFAR) celebrou neste sábado em suas redes sociais o papel das jovens cubanas no Serviço Militar Voluntário Feminino, destacando sua entrega e compromisso com a defesa do país, em uma mensagem que reforça a propaganda oficial sobre a militarização em Cuba.

Em uma publicação no Facebook, o MINFAR afirmou que as mulheres no serviço militar “educam com sua presença todos os combatentes” e representam um “imenso baluarte” para a Revolução.

Captura Facebook / Minfar Cuba

Também insistiu que seu papel transcende o simbólico: “Quando se trata de uma tarefa tão transcendental como a defesa da Pátria, essas jovens adquirem uma dimensão infinita”.

O ministério deixou claro que o propósito dessas recrutadoras não se limita à instrução militar dentro da ilha, mas que estariam preparadas para combater "caso seja necessário, em nações irmãs", alinhando-se com a doutrina de exportação de conflitos que tem caracterizado o regime.

Para encerrar a mensagem, o MINFAR recorreu a uma frase de Vilma Espín, que afirmou que "tremam os inimigos de um povo onde cada mulher é uma soldada da Pátria", uma declaração que reforça a ideia de que a formação militar continua a ser um pilar fundamental no adoctrinamento juvenil em Cuba.

O Serviço Militar Feminino em Cuba foi promovido recentemente como uma "boa opção" para as jovens, segundo a Federação de Mulheres Cubanas (FMC). A organização governamental tem enfatizado a ideia de que o serviço militar oferece oportunidades para a formação e o desenvolvimento profissional, embora numerosos depoimentos questionem essa afirmação.

Um dos grupos afetados por esta medida são as aspirantes à carreira de jornalismo em Cuba. A partir do ciclo acadêmico 2024-2025, as mulheres que desejarem estudar esta carreira em universidades cubanas deverão cumprir um ano de serviço militar obrigatório antes de iniciar seus estudos, conforme informou CiberCuba. A medida gerou críticas nas redes sociais e entre setores acadêmicos, que veem nisso uma estratégia de doutrinação e controle sobre os futuros comunicadores.

Enquanto isso, os meios de comunicação oficiais divulgaram depoimentos de jovens que afirmam estar satisfeitos com sua passagem pelo serviço militar. Um grupo de futuros jornalistas entrevistados pela televisão estatal expressou que a experiência lhes havia proporcionado "disciplina e valores", embora a cobertura omitisse qualquer referência à obrigatoriedade da medida e às possíveis dificuldades enfrentadas por aqueles que se recusam a cumpri-la, segundo reportou CiberCuba.

Na mesma linha, um pai cubano defendeu a decisão de sua filha de ingressar no serviço militar, garantindo que essa experiência "não prejudica ninguém, mas sim os beneficia". Seu depoimento foi compartilhado nas redes sociais e recolhido por CiberCuba, embora não tenha abordado as denúncias de abusos e pressões que surgiram nos últimos anos sobre o serviço militar feminino na ilha.

Perguntas frequentes sobre o Serviço Militar Feminino e Obrigatório em Cuba

O que é o Serviço Militar Voluntário Feminino em Cuba e qual é seu propósito segundo o regime?

O Serviço Militar Voluntário Feminino em Cuba se apresenta como uma ferramenta de formação para as jovens cubanas. Segundo o regime, oferece oportunidades para a formação e desenvolvimento profissional, e seu propósito transcende o simbólico ao preparar as mulheres para a defesa da pátria e até mesmo para combater em "nações irmãs". No entanto, essa medida é vista como uma estratégia de doutrinação e controle, sendo especialmente criticada por setores acadêmicos e civis.

Por que se critica o Serviço Militar Obrigatório em Cuba?

O Serviço Militar Obrigatório em Cuba é criticado por ser visto como um sistema opressivo e perigoso para a juventude cubana. As críticas se intensificam devido aos riscos que os jovens enfrentam, como condições de vida precárias, maus-tratos e situações que levaram a suicídios e mortes. Além disso, a obrigatoriedade do serviço é vista como uma medida de controle social e político que desestabiliza as famílias, especialmente em situações vulneráveis.

Como o Serviço Militar Obrigatório afeta as aspirantes à carreira de jornalismo em Cuba?

Desde o ciclo acadêmico 2024-2025, as mulheres que desejam estudar jornalismo em Cuba devem cumprir um ano de serviço militar obrigatório antes de iniciar seus estudos. Esta medida gerou críticas, pois é vista como uma estratégia para doutrinar e controlar futuros comunicadores. Apesar da propaganda oficial que ressalta o valor formativo do serviço, muitos questionam sua utilidade real e o impacto na liberdade de expressão.

Quais são as sanções por não cumprir o Serviço Militar em Cuba?

O não cumprimento do Serviço Militar em Cuba pode resultar em sanções severas, incluindo multas e possíveis processos penais. O Decreto 103/2024 estabelece multas entre 2.500 e 7.000 pesos cubanos para aqueles que não se inscreverem no registro militar ou não comparecerem às convocatórias. Além disso, os pais ou tutores de menores de idade podem ser considerados responsáveis pelas infrações de seus filhos, o que aumenta a pressão sobre as famílias.

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Equipe Editorial da CiberCuba

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