Unión Eléctrica de Cuba não cumpre previsão de apagões e prevê um déficit de 1.390 MW para hoje

A crise energética em Cuba continua sem melhorias, com apagões constantes e avarias, além da falta de combustível agravando a situação.

Apagão em Cuba (Imagem referencial)Foto © Facebook / Naturaleza Secreta

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A crise energética em Cuba continua sem melhorar, com apagões generalizados em todo o país devido ao déficit de geração no Sistema Elétrico Nacional (SEN).

Para esta sexta-feira, prevê-se uma afetación de até 1.390 MW durante o horário de pico, de acordo com a comunicado oficial da União Eléctrica de Cuba (UNE).

Na quinta-feira, o serviço foi afetado 24 horas por dia, com uma máxima afetação de 1.624 MW às 18h30, cifra superior à planejada. A UNE não cumpriu sua previsão de 1.344 MW devido à saída imprevista da unidade 1 da CTE Santa Cruz e à falta de entrada dos motores de Moa.

Nesta sexta-feira, às 7h00, a disponibilidade do SEN era de 1.580 MW, enquanto a demanda alcançava 2.185 MW, gerando um déficit de 672 MW. Para o meio-dia, estima-se que as afetações cheguem a 1.050 MW.

Captura do Facebook / União Elétrica UNE

O sistema elétrico continua enfrentando sérios problemas em sua infraestrutura, com várias unidades fora de operação ou em manutenção.

Há duas unidades fora de serviço devido a avarias: a 5 da CTE Nuevitas e a 2 da CTE Felton.

Estão em manutenção os blocos 6 da CTE Mariel, o 2 da CTE Santa Cruz, os 3 e 4 da CTE Cienfuegos e o 5 da CTE Renté.

As limitações na geração térmica são de 403 MW.

Além disso, estão fora de serviço por falta de combustível 83 centrais de geração distribuída, sete motores da Patana de Melones e a central de fuel de Moa, o que representa um total de 782 MW.

Previsão para o horário de pico noturno

Para a noite, espera-se a recuperação de 80 MW em motores da geração distribuída, juntamente com a entrada dos sete motores na Patana de Melones e 10 motores na central a combustível de Moa, que contribuiriam com 147 MW.

Apesar desses esforços, o prognóstico da UNE para o horário de pico é de uma disponibilidade de 1.930 MW com uma demanda de 3.250 MW. Isso resulta em um déficit de 1.320 MW, com apagões estimados de até 1.390 MW.

Cortes programados em Havana

A Empresa Eléctrica de Havana informou que, devido ao déficit de geração, serão realizados apagões programados na capital:

Captura de Facebook / Empresa Elétrica de Havana

De 10h às 15h: Blocos #1 e #2.

De 15:00 às 19:00: Bloco #3.

De 18:00 às 20:00: Bloque #4.

Um panorama sem soluções imediatas

Embora a UNE tenha relatado na quinta-feira uma leve redução na magnitude dos apagões, as grandes deficiências do sistema frustraram a previsão dos especialistas. Para esta sexta-feira, a previsão de impacto de 1.390 MW provavelmente será insuficiente.

O déficit de geração, agravado pela falta de manutenção, falhas e escassez de combustível, mantém a população mergulhada em longas apagões sem uma solução clara a curto prazo.

Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba

Qual é a situação atual dos apagões em Cuba?

A situação energética em Cuba é crítica, com apagões que afetam a população devido a um déficit na geração de eletricidade. Preveem-se apagões de até 1.390 MW durante o horário de pico, o que gera interrupções constantes que impactam a vida cotidiana, causando frustração e descontentamento entre os cidadãos.

Quais são as principais causas dos apagões em Cuba?

Os apagões em Cuba devem-se à desativação de várias unidades termoelétricas por falhas e manutenções. Além disso, a falta de combustível afeta as centrais de geração distribuída, o que agrava a crise energética. Essas limitações impedem atender à demanda elétrica da população.

Como os apagões afetam a vida cotidiana em Cuba?

Os apagões impactam gravemente a vida diária dos cubanos, impedindo atividades essenciais como o cozimento de alimentos e o uso de eletrodomésticos. A população demonstra um crescente descontentamento devido às interrupções constantes, o que também afeta a economia e o bem-estar geral da sociedade cubana.

Quais medidas o governo cubano tomou para enfrentar a crise energética?

A resposta do governo tem sido insuficiente para resolver a crise energética. Não foram implementadas soluções efetivas a longo prazo, e a população continua a sofrer os efeitos dos apagões. As promessas de melhoria não se materializaram, gerando frustração e protestos em diversas regiões do país.

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