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A União Elétrica de Cuba (UNE) anunciou que o país continuará enfrentando severos apagões devido à crise energética, com impactos generalizados em todo o território nacional.
Segundo o relatório oficial, na terça-feira o serviço foi afetado durante 24 horas devido à falta de capacidade, situação que se manteve durante toda a madrugada de hoje. A maior afetacão registrada alcançou 1749 MW às 19h10, coincidindo com o horário de maior consumo. O número superou as previsões devido a um consumo maior do que o previsto.
Durante a jornada desta quarta-feira, 5 de março, a disponibilidade de geração continua sendo insuficiente para atender à demanda, o que resultará em interrupções prolongadas no serviço de eletricidade.
Às 7:00 da manhã, a disponibilidade do Sistema Elétrico Nacional (SEN) era de 1315 MW, enquanto a demanda estava em 2380 MW, o que gerou um déficit de 1099 MW. Espera-se que ao meio-dia as afetações cheguem a 1450 MW.
Para o horário de pico noturno, as previsões não são animadoras: estima-se uma disponibilidade de 1624 MW frente a uma demanda de 3280 MW, o que provocará um déficit de 1656 MW, com apagões estimados de 1726 MW em todo o país.
O déficit energético deve-se à combinação de falhas em centrais termelétricas, manutenções programadas e falta de combustível.
Atualmente, estão fora de serviço por avarias a Unidade 5 da CTE Nuevitas e a 2 da Felton.
Enquanto estão em manutenção o bloco 6 da CTE Mariel, o 2 da CTE Santa Cruz, os blocos 3 e 4 da CTE Cienfuegos e o 5 de Renté.
Além disso, a falta de combustível obrigou a suspender a geração de 966 MW devido à saída de 85 centrais de geração distribuída, a central a combustível de Mariel (116 MW), a central a combustível de Moa (147 MW), a patana de Regla (54 MW) e 8 motores da patana de Melones (135 MW).
Para a noite, espera-se a recuperação de 120 MW em motores de geração distribuída, além da entrada em operação de oito motores na patana de Melones (135 MW) e da Patana de Regla, com 54 MW.
Ainda assim, o panorama continua crítico. O prognóstico de 1726 MW fora de serviço para o horário de pico, muito próximo dos 1749 MW registrados no dia anterior, confirma que o SEN está à beira do colapso.
Apagões programados em Havana
Ante este panorama, a anunciou um programa de cortes de energia rotativos para este dia. Os horários de afetação são os seguintes:
Das 10:00 às 15:00: Blocos 1 e 2.
De 15h às 19h: Bloco 4.
Das 18:00 às 20:00: Bloco 3.
A situação energética em Cuba continua sem melhorias visíveis. Apesar dos investimentos anunciados no setor elétrico, as centrais Termoelétricas permanecem em crise, com uma infraestrutura deteriorada e alta dependência do combustível, cuja escassez agrava a crise.
A UNE alertou que as afetações continuarão nos próximos dias, portanto a população seguirá enfrentando interrupções prolongadas no fornecimento de energia elétrica, o que afetará a vida cotidiana e a atividade econômica do país.
Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba
Por que continuam os apagões em Cuba?
Os apagões em Cuba persistem devido a um déficit de geração elétrica que se origina por falhas nas centrais termoelétricas, manutenções programadas e uma grave escassez de combustível. Essa combinação de fatores resultou em uma incapacidade de atender à demanda de eletricidade no país.
Quais são as regiões mais afetadas pelos apagões em Cuba?
As zonas centro-orientais de Cuba costumam ser as mais afetadas por apagões devido às altas transferências de energia para essas áreas. Havana também enfrenta apagões programados, embora com uma distribuição diferente, o que gera críticas sobre a gestão do fornecimento de eletricidade na capital em comparação com outras regiões.
O que o governo cubano está fazendo para resolver a crise energética?
Apesar das promessas de melhorias e investimentos no setor elétrico, o governo cubano não implementou soluções eficazes a longo prazo. A situação continua crítica, com apagões constantes, e a população expressa um crescente descontentamento diante da falta de ações concretas para resolver a crise.
Qual é o impacto dos apagões na vida diária dos cubanos?
Os apagões afetam gravemente a vida cotidiana dos cubanos, impedindo o uso de eletrodomésticos essenciais e o preparo de alimentos. Além disso, impactam negativamente na economia e no bem-estar geral da população, gerando um crescente descontentamento social devido às interrupções prolongadas e constantes do serviço elétrico.
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