Apagões sem fim: O déficit de geração elétrica continua fora de controle em Cuba

A crise energética em Cuba se intensifica com apagões prolongados e um déficit na geração de eletricidade. As termoelétricas falham e a falta de combustível agrava a situação, afetando milhões.

Apagões em Cuba (imagem de referência)Foto © CiberCuba

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A crise energética em Cuba se agrava com o passar dos dias e o colapso do Sistema Electroenergético Nacional (SEN) parece não ter solução imediata.

O relatório informativo da União Elétrica (UNE) desta sexta-feira aponta que na jornada anterior houve déficit de geração durante as 24 horas, sem melhorias durante a madrugada de 28 de fevereiro de 2025.

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O panorama é desolador. A máxima afetacão registrada alcançou 1.719 MW às 19h20, coincidindo com o pico de demanda.

Esse valor foi superior ao planejado devido à não entrada em funcionamento da Unidade 3 da Central Termoelétrica (CTE) Santa Cruz e à saída imprevista da Unidade 5 da CTE Nuevitas.

Uma situação crítica sem perspectivas de melhora

Às 07:00 horas desta sexta-feira, a disponibilidade do SEN estava em 1.520 MW, enquanto a demanda alcançava 2.315 MW, o que gerava uma afetacão de 882 MW no fornecimento elétrico. A previsão para o horário do meio-dia estima uma afetacão de 1.150 MW, com maior incidência na zona centro-oriental do país.

As avarias e manutenções nas termelétricas continuam afetando a já debilitada infraestrutura elétrica da ilha. Atualmente, encontram-se fora de serviço por esta razão:

  • Unidade 5 da CTE Mariel.
  • Unidade 1 da CTE Santa Cruz.
  • Unidade 5 da CTE Nuevitas.
  • Unidades 1 e 2 da CTE Felton.

Em manutenção programada estão:

  • Unidade 2 da CTE Santa Cruz.
  • Unidades 3 e 4 da CTE Cienfuegos.
  • Unidade 5 da CTE Renté.

Além disso, as limitações na geração térmica somam 310 MW, enquanto 76 usinas de geração distribuída estão fora de operação devido à falta de combustível, o que representa uma afetacão adicional de 522 MW.

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Previsão para o horário de pico

Para a hora de maior demanda, a UNE projeta uma disponibilidade de 1.695 MW frente a uma demanda de 3.250 MW, o que geraria um déficit de 1.555 MW e uma afetacão estimada de 1.625 MW, com maior impacto na zona centro-oriental de Cuba.

Prevê-se a recuperação parcial de alguns geradores:

  • 50 MW em motores de geração distribuída que atualmente estão fora de serviço por falta de combustível.
  • Entrada da Unidade 1 da CTE Santa Cruz com 80 MW.
  • Reativação da turbina 5 da Energas Jaruco com 30 MW.
  • Completamento da Unidade 6 da Energas Jaruco com mais 15 MW.

Apagões programados em Havana

A Empresa Elétrica de La Havana também anunciou que, devido à crise energética, hoje será necessário afetar os clientes da capital em diferentes blocos horários:

  • Blocos #3 e #4: 10:00 - 15:00.
  • Bloque #2: 15h00 - 19h00
  • Bloque #1: 18h00 - 20h00

A situação do SEN deixa a população cubana em um estado de constante incerteza, com apagões prolongados e sem um plano claro de recuperação a curto prazo.

O mal-estar cresce entre os cidadãos, que observam como os apagões afetam sua qualidade de vida, as atividades econômicas e o funcionamento dos serviços básicos. O colapso elétrico continua fora de controle e, segundo as previsões, o cenário pode piorar nos próximos dias.

Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba

Qual é o principal problema do sistema elétrico em Cuba?

O principal problema do sistema elétrico em Cuba é o déficit de geração elétrica, que tem levado a apagões massivos e prolongados em todo o país. As causas incluem falhas constantes nas centrais termoelétricas, manutenção inadequada e uma grave escassez de combustível. A situação se agrava pela falta de funcionamento das unidades geradoras planejadas e pela demanda que supera a capacidade disponível.

Como o déficit na geração de eletricidade afeta a população cubana?

O déficit de geração elétrica em Cuba afeta gravemente a vida cotidiana da população. Os cubanos enfrentam apagões prolongados, que impactam a qualidade de vida, as atividades econômicas e o funcionamento dos serviços básicos. Além disso, isso gerou um crescente descontentamento social, com protestos e panelaços como formas de expressar a frustração diante da falta de soluções.

Que medidas tomou o governo cubano para enfrentar a crise energética?

Até o momento, o governo cubano não implementou medidas efetivas para resolver a crise energética. As autoridades anunciaram apagões programados e pediram à população que modere o consumo de energia, mas não apresentaram um plano claro para melhorar a infraestrutura elétrica ou aumentar a geração de energia. A falta de soluções concretas agravou a frustração e a incerteza entre os cidadãos.

Quais regiões de Cuba são mais afetadas pelos apagões?

Embora os apagões afetem todo o país, as regiões centro-orientais de Cuba são as mais impactadas pela crise energética, devido às altas transferências de potência necessárias para atender à demanda nessas áreas. A capital, Havana, também enfrenta apagões programados, mas as províncias do interior sofrem cortes mais severos e frequentes.

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