Durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evitou qualificar seu homólogo russo, Vladimir Putin, como ditador, um termo que ele já usou anteriormente para se referir ao presidente ucraniano, Volodímir Zelenski.
"Eu não uso essas palavras levianamente", explicou Trump durante um diálogo em que participava o presidente da França, Emmanuel Macron.
Na sexta-feira passada, o mandatário americano também evitou usar o termo para se referir a Putin, ressaltando na oportunidade que os dois presidentes, tanto o russo quanto o ucraniano, devem "sentar-se juntos" para negociar o fim da guerra, lembrou a agência Efe.
Esta postura gerou tensões nas relações entre Washington e Kiev, especialmente após Trump anunciar no dia 12 de fevereiro que havia conversado por telefone com Putin e alcançado um acordo para iniciar "negociações imediatamente" com o objetivo de pôr fim à guerra na Ucrânia.
Estas conversas, que começaram em 18 de fevereiro na Arábia Saudita, excluiram Zelenski e os países europeus, o que provocou desconforto no continente.
O presidente ucraniano protestou pela exclusão de Kiev nessas negociações e acusou Trump de viver em uma bolha de "desinformação" impulsionada pela Rússia. Em resposta, Trump o qualificou de "ditador".
Estas declarações geraram reações internacionais. O ministro neerlandês da Defesa, Ruben Brekelmans, afirmou que Trump "definitivamente não está bem informado" sobre a agressão russa à Ucrânia e enfatizou que é "evidente" que Putin é "um ditador" e é quem "invadiu a Ucrânia, e não o contrário".
Enquanto isso, o presidente francês, Emmanuel Macron, enfatizou que "a paz não deve significar a rendição da Ucrânia", destacando a importância de uma solução que respeite a soberania ucraniana.
A comunidade internacional acompanha de perto esses desenvolvimentos, preocupada com as implicações que possam ter na estabilidade regional e no equilíbrio de poder global
Perguntas frequentes sobre as recentes declarações de Trump e a situação na Ucrânia
Por que Donald Trump evitou chamar Vladimir Putin de ditador?
Donald Trump evitou classificar Vladimir Putin como ditador durante uma conferência de imprensa, argumentando que não utiliza esse termo levianamente. Essa postura ocorre em um contexto onde Trump defende negociações para acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia, o que gerou tensões com a Ucrânia e seus aliados europeus.
Qual é a posição da Ucrânia sobre as negociações entre os EUA e a Rússia?
Ucrânia, liderada por Volodímir Zelenski, rejeita as negociações entre os EUA e a Rússia que não incluam a participação direta de seu governo. Zelenski expressou seu descontentamento por ser excluído dessas conversas, uma vez que considera que qualquer acordo sem a Ucrânia careceria de legitimidade e não atenderia aos seus interesses soberanos.
Qual é o impacto das declarações de Trump sobre a relação com a Ucrânia?
As declarações de Trump, qualificando Zelenski de "ditador sem eleições" e responsabilizando a Ucrânia pela guerra, têm tensionado as relações entre Washington e Kiev. Essas afirmações foram percebidas como um desdém em relação à liderança ucraniana e geraram críticas internacionais, especialmente entre os aliados europeus.
O que Emmanuel Macron disse sobre a situação na Ucrânia?
O presidente francês, Emmanuel Macron, enfatizou que "a paz não deve significar a rendição da Ucrânia". Macron defende uma solução que respeite a soberania ucraniana e destacou que a Rússia, como iniciadora do conflito, deve ser responsável pelas compensações necessárias.
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