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Cuba recebeu em 2024 um total de 2,2 milhões de turistas internacionais, o que representa uma queda de 9,6% em comparação ao ano anterior e a cifra mais baixa em duas décadas.
A Oficina Nacional de Informação e Estatística (ONEI) informou esse resultado, que está muito abaixo do objetivo inicial do Governo cubano, que havia projetado receber 3,2 milhões de visitantes internacionais, e depois corrigiu para 2,7 milhões.
O principal mercado emissor de turistas para Cuba em 2024 foi, como é tradicional, o Canadá, com 860.877 viajantes.
Seguiram-se a Rússia, com 185.816 turistas, os Estados Unidos (142.450), a Alemanha (65.487), a Espanha (65.054) e o México (62.839).
Dos nove principais emissores, apenas a Rússia e o México experimentaram um leve aumento no número de visitantes em relação a 2023, enquanto outros países, como a Espanha e a Itália, registraram quedas significativas de até 27,1% e 15,9%, respectivamente.
A queda também afetou os cubanos residentes no exterior, com uma queda de 17,8 % em suas visitas à ilha.
A diminuição nas chegadas internacionais a Cuba é atribuída a uma série de fatores, entre os quais se destacam a grave crise econômica e energética que o país enfrenta e as sanções impostas pelos Estados Unidos, que dificultam a obtenção de vistos rápidos para os viajantes que visitaram Cuba nos últimos dez anos.
O turismo é fundamental para a economia de Cuba, uma vez que contribui significativamente para o Produto Interno Bruto (PIB) e para a entrada de divisas, sendo um dos setores mais importantes após os serviços profissionais e as remessas.
Em 2023, a ilha recebeu 2,4 milhões de turistas internacionais, enquanto em 2022 foram 1,6 milhões, cifras que ainda estão muito abaixo dos 4,2 milhões de 2019, o último ano antes da pandemia.
A situação turística de Cuba contrasta com a de outros destinos do Caribe, como Punta Cana na República Dominicana e Cancún no México, que alcançaram números recordes de visitantes após a pandemia.
Segundo a agência especializada da ONU, ONU Turismo, o volume de viajantes internacionais no nível global recuperou em 2024 os números anteriores à pandemia, alcançando 1,4 bilhão de chegadas.
Apesar disso, o regime continua investindo em hotéis enquanto negligencia outros setores-chave que requerem investimento imediato, como a indústria eletroenergética, a construção de habitação, a saúde e a educação.
Perguntas frequentes sobre a crise do turismo em Cuba em 2024
Qual é a situação atual do turismo em Cuba em 2024?
O turismo em Cuba enfrenta uma crise profunda em 2024, com uma queda significativa na chegada de turistas internacionais. O número de 2,2 milhões de turistas é o mais baixo em 17 anos, excluindo os anos da pandemia. Essa situação afeta negativamente a economia cubana, que depende em grande medida desse setor.
Por que diminuiu o número de turistas em Cuba?
A diminuição do turismo em Cuba se deve a múltiplos fatores, como a crise econômica e energética, a má gestão governamental, as tensões diplomáticas e a concorrência de outros destinos do Caribe, como Punta Cana e Cancún. Além disso, problemas de infraestrutura, apagões frequentes e uma percepção negativa de segurança têm afetado negativamente a experiência dos turistas na ilha.
Como a crise turística impactou a economia cubana?
A crise turística teve um impacto significativo na economia cubana, uma vez que o turismo é uma das principais fontes de renda do país. A queda no número de visitantes resultou em uma redução considerável nos ganhos do setor, agravando a frágil situação econômica da ilha.
Quais medidas o governo cubano está tomando para enfrentar a crise do turismo?
O governo cubano tem tentado diversificar sua oferta turística, focando no turismo de natureza, cultural e histórico, e de saúde, além do tradicional turismo de sol e praia. No entanto, a falta de uma estratégia clara e eficaz tem dificultado a recuperação do setor, e os investimentos em infraestrutura hoteleira não geraram o impacto esperado devido à falta de demanda.
Qual é o impacto da crise energética no turismo em Cuba?
A crise energética em Cuba afetou negativamente a experiência turística, com apagões frequentes e escassez em hotéis. Essa situação gera uma percepção negativa entre os turistas, e embora geradores tenham sido instalados em alguns hotéis, não foi suficiente para contrabalançar o impacto negativo na experiência dos visitantes.
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