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Um barco procedente da China chegou recentemente ao porto de Mariel carregado com um lote de ônibus destinados ao setor turístico da ilha.
A informação, que não foi divulgada por meios oficiais, foi compartilhada por vários perfis no Facebook que questionaram a persistente prioridade do governo cubano em relação a um setor com números baixos, como é o turismo.
“Novo lote de ônibus Yutong e ZhongTong para o transporte turístico e internacional”, escreveram da página Transportación Habana TH.
Enquanto o perfil Rodando por Cuba foi mais crítico em sua publicação ao afirmar que “o Ministério dos Transportes da República de Cuba, alegando a falta de recursos e investimentos para o transporte público, continua priorizando o setor turístico, mesmo em sua menor demanda”.
Embora não tenha sido divulgada informação oficial, prevê-se que os novos ônibus, aparentemente um total de 40, estarão destinados às rotas turísticas mais procuradas, como Havana, Varadero, Cayo Santa María, Trinidad, Guardalavaca e Santiago de Cuba.
Além disso, as fontes não oficiais indicam que os veículos possuem comodidades modernas, como ar-condicionado, assentos reclináveis e banheiros, em um esforço para elevar os padrões do transporte turístico em Cuba, enquanto o público enfrenta um deterioro significativo.
Em 2024, a ilha recebeu aproximadamente 2,2 milhões de turistas internacionais, um número consideravelmente inferior aos 4,2 milhões registrados em 2019, antes da pandemia de COVID-19.
Para 2025, as projeções oficiais estimam a chegada de 2,6 milhões de visitantes, o que indica uma recuperação lenta e ainda abaixo dos níveis anteriores à pandemia.
Diversos fatores contribuíram para essa situação, entre eles problemas financeiros, falhas nos suprimentos para hotéis, perda de pessoal qualificado e uma diminuição na percepção de segurança do destino.
Além disso, a crise energética que o país enfrenta, manifestada em frequentes apagões, afetou negativamente a experiência dos turistas.
Apesar desses desafios, o governo cubano tem continuado a investir no setor turístico, com a construção de novos hotéis e a renovação de infraestruturas. No entanto, esses investimentos geraram críticas devido à priorização de recursos em meio a uma crise econômica generalizada.
Apesar dos esforços, a recuperação do turismo em Cuba enfrenta uma concorrência significativa de outros destinos caribenhos como Punta Cana e Cancún, que conseguiram atrair um número maior de visitantes no período pós-pandemia.
Por sua vez, o transporte público em Cuba enfrenta uma crise significativa; por exemplo, em Havana, apenas 40% dos ônibus urbanos estão operacionais, o que levou os residentes a enfrentarem longas esperas e veículos superlotados.
A nível nacional, mais da metade das rotas provinciais estão paralisadas devido à falta de combustível e peças de reposição.
Essa situação levou muitos cubanos a dependerem de meios de transporte alternativos, como bicicletas elétricas, para seus deslocamentos diários.
Perguntas Frequentes sobre a Chegada de Novos Ônibus para o Turismo em Cuba
Qual é o propósito da chegada de novos ônibus a Cuba?
O objetivo da chegada de novos ônibus a Cuba é melhorar o transporte para o setor turístico, priorizando rotas turísticas demandadas como Havana, Varadero e Cayo Santa María. Esta medida gerou críticas pela priorização do turismo em detrimento do transporte público em declínio.
Quantos ônibus chegaram e de onde vêm?
Estima-se que chegaram um total de 40 ônibus a Cuba provenientes da China, especificamente das marcas Yutong e ZhongTong, destinados a melhorar a infraestrutura do transporte turístico na ilha.
Por que há críticas em relação ao investimento no setor turístico em Cuba?
Existem críticas devido ao fato de o governo cubano continuar priorizando investimentos no setor turístico apesar de sua baixa demanda atual, enquanto o transporte público e outros setores essenciais enfrentam uma grave crise, como a falta de combustível e peças de reposição.
Como tem evoluído o turismo em Cuba nos últimos anos?
O turismo em Cuba tem mostrado uma lenta recuperação após a pandemia de COVID-19, com números atuais muito abaixo dos níveis anteriores a 2020. Em 2024, a ilha recebeu 2,2 milhões de turistas, e espera-se que em 2025 cheguem cerca de 2,6 milhões, ainda abaixo dos 4,2 milhões de 2019.
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