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El viceministro de Relações Exteriores de Cuba, Carlos F. de Cossío, afirmou que a política americana está passando por uma mudança radical e acusou o presidente Donald Trump de ter semelhanças com o governo fascista de Adolfo Hitler.
"A nova doutrina da política externa americana é: 'a promoção da paz através da força'. Hitler também queria a paz, um Estado alemão produtivo, prolífico, livre de 'indesejáveis', unificado e maior. Para isso, a guerra era simplesmente um meio", expressou Cossío na rede social X.
Trump chegou à Casa Branca em 20 de janeiro para iniciar seu segundo mandato. No primeiro dia como presidente, aprovou várias ordens executivas que afetam direta e indiretamente o regime cubano.
A medida mais importante foi revogar a saída de Cuba da Lista de Países Patrocinadores do Terrorismo. O governante cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez reagiu imediatamente, questionou a decisão de Trump e o acusou de fomentar uma “cruel guerra econômica” contra os cubanos.
"O Presidente Trump, em um ato de arrogância e desprezo pela verdade, acaba de restabelecer a fraudulenta designação de Cuba como estado patrocinador do terrorismo. Não surpreende. Seu objetivo é continuar fortalecendo a cruel guerra econômica contra Cuba com fins de dominação", disse Díaz-Canel.
Além disso, culpou os Estados Unidos pela crise econômica e migratória que afeta o país caribenho desde 2020.
"O resultado das medidas extremas de cerco econômico impostas por Trump provocou carências em nosso povo e um aumento significativo do fluxo migratório para os EUA. Este ato de zombaria e abuso confirma o descrédito das listas e dos mecanismos unilaterais de coerção do governo estadunidense", assegurou Díaz-Canel.
A Casa Branca indicou que a revogação responde a interesses estratégicos da Administração Trump e considera que o governo cubano representa um perigo ao apoiar atividades terroristas internacionais. Estar na lista mencionada implica sanções econômicas, restrições financeiras e comerciais para Cuba.
Perguntas frequentes sobre as relações Cuba-EUA e o impacto de Trump
Por que o vice-ministro cubano comparou Trump a Hitler?
O vice-ministro Carlos F. de Cossío comparou Trump a Hitler por adotar uma política externa baseada na "promoção da paz por meio da força". Cossío argumentou que, assim como Hitler, Trump utiliza a guerra como um meio para alcançar seus objetivos, neste caso, revertendo medidas que afetam diretamente Cuba, como sua reintegração à lista de países patrocinadores do terrorismo.
O que implica para Cuba estar na lista de países patrocinadores do terrorismo?
Estar na lista de países patrocinadores do terrorismo implica sanções econômicas, restrições financeiras e comerciais para Cuba. Isso afeta a economia da ilha ao limitar suas transações internacionais e seu acesso a mercados financeiros, complicando ainda mais a situação econômica interna.
Como o governo cubano respondeu às medidas de Trump?
O governo cubano condenou as medidas de Trump, qualificando sua reincorporação à lista de países patrocinadores do terrorismo como um ato de "arrogância e desdém pela verdade". Miguel Díaz-Canel acusou Trump de fomentar uma "cruel guerra econômica" contra Cuba e responsabilizou os EUA pela crise econômica e migratória na ilha.
Quais seriam as consequências para Cuba de um segundo mandato de Trump?
Um segundo mandato de Trump poderia intensificar as sanções econômicas e diplomáticas contra Cuba, incluindo maiores restrições ao comércio e às remessas. Isso poderia agravar a crise econômica na ilha, que já enfrenta dificuldades devido às políticas estadunidenses e à sua própria ineficiência interna.
Que postura Díaz-Canel adotou em relação às políticas de Trump?
Díaz-Canel tem mantido uma postura crítica em relação às políticas de Trump, especialmente o embargo econômico, ao qual culpa por muitos problemas internos em Cuba. Ele reafirmou que Cuba não cederá às pressões externas e continuará defendendo sua soberania e independência.
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