Resposta surpreendente de Bruno Rodríguez ao ser interrogado sobre as causas das recentes medidas dos EUA em relação a Cuba

Bruno Rodríguez deu uma resposta inusitada ao ser questionado nesta quarta-feira em um encontro com a imprensa nacional e internacional sobre a causa das recentes medidas do governo dos EUA em relação a Cuba.


O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, deu uma resposta insólita ao ser questionado nesta quarta-feira em um encontro com a imprensa nacional e internacional sobre a causa das recentes medidas do governo dos EUA em relação a Cuba, medidas que têm como a mais destacada a retirada da ilha da lista de países patrocinadores do terrorismo.

"Minha opinião é que ele as tomou porque seu plano falhou, pois a visão de provocar o colapso da economia cubana, a explosão social, a execução do memorando do senhor Lester Mallory para derrubar a revolução cubana através de medidas que provoquem fome, desespero, a queda do governo, ainda não conseguiu alcançar seus objetivos", apontou Rodríguez.

O chanceler cubano negou de forma categorica que haja um "colapso da economia", embora tenha admitido que as medidas conjuntas do "Bloqueio" criaram "circunstâncias muito difíceis" para a economia cubana, e que "geram um dano humanitário considerável, provocam dificuldades, ansiedade e sofrimento às famílias cubanas".

Referiu-se em particular às consequências do "agravamento" das medidas desde 2017 e especialmente às adotadas a partir de meados de 2019 pelo "anterior governo republicano", afirmou, sem mencionar pelo nome Donald Trump.

“No entanto, o colapso da economia e a derrubada do governo ainda não ocorreram”, acrescentou.

"Minha opinião é que o governo dos Estados Unidos da América tomou essas decisões a partir do reconhecimento de que a política que aplicou em relação a Cuba é uma política obsoleta, fracassada que não atende aos objetivos nem aos interesses nacionais dos EUA, nem tem o apoio dos cidadãos americanos ou dos cubanos residentes naquele país", acrescentou o Chanceler cubano em outra afirmação descabida.

"É o reconhecimento de que isso provoca um gravíssimo isolamento internacional, o descrédito de sua política exterior e que prejudica o instrumento que supostamente precisa para cumprir determinados objetivos de sua agenda internacional", precisou.

Por último, o ministro das Relações Exteriores sublinhou que há "avanços" em Cuba, e que "o apoio do povo cubano à revolução se mantém e persiste".

Este 14 de janeiro, pouco depois de a Administração Biden anunciar a retirada de Cuba da lista de estados patrocinadores do terrorismo e a suspensão do Título III da Lei Helms-Burton, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba (MINREX) anunciou a iminente libertação de 553 pessoas, condenadas por "diversos crimes" na ilha.

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