No dia 9 de janeiro, Yanaris Rodriguez recebeu a pior notícia possível. A equipe médica que atende sua filha, Brianna Charlettte Blanco, que tem um tumor, em princípio benigno, na base da língua, assegurou por escrito que, devido às "carências de insumos médicos"; às dificuldades enfrentadas nas instituições de saúde do país e ao fato de que a patologia que sua filha padece é única em Cuba, não podem fazer mais nada por ela.
Em um trecho da comunicação da equipe médica, ao qual a CiberCuba teve acesso, os profissionais afirmam textualmente que "se impossibilita proceder com a cirurgia" para resolver a patologia que a paciente enfrenta.
A mãe, desesperada, recorreu ao CiberCuba para tornar público um caso que deixa sua filha sem esperanças e, por isso, pede ajuda para conseguir um visto humanitário que permita operar Brianna Blanco fora de Cuba.
A menina foi diagnosticada com uma lesão de aspecto cístico na base da língua, linha média, com projeção para a orofaringe, descrevendo um trajeto fistuloso que entra em contato com a musculatura posteroinferior da língua (tumor tirogloso cego). "Este é o diagnóstico, segundo a última ressonância magnética que foi realizada, mas aqui não conseguem acessar o local onde está, já a levaram três vezes para o bloco cirúrgico e nada foi resolvido", afirma a mãe por WhatsApp ao CiberCuba.
A menina foi diagnosticada com o tumor desde os três anos e, embora tenha sido operada três vezes, não notou melhoria. "Com o passar dos anos, me dizem que esse tumor não deveria ter sido operado, pois pode se malignizar e acelerar seu crescimento, provocando asfixia súbita e até a morte.
Brianna Blanco é o único caso reportado em Cuba com esse tipo de tumor. "Minha filha sofre de desnutrição, sufocamentos e, neste momento, está com a voz afetada devido à compressão das cordas vocais. Sou uma mãe desesperada. Peço que compartilhem este vídeo para que me ajudem a conseguir um visto humanitário para que eu possa viajar e operar minha filha, já que em meu país não há solução nem recursos para ela, nem pessoal capaz de realizar esse tipo de operação", diz Yanaris Rodríguez em uma gravação enviada ao CiberCuba.
Seu caso não é único. Jorgito Reina, de Guanabacoa, em Havana, está há quase um ano aguardando um visto humanitário para poder realizar um transplante de medula nos Estados Unidos, onde vive seu pai. Até mesmo o atual Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, intercedeu por seu caso junto ao USCIS, quando era senador, sem resultados até o momento.
O deterioro da saúde pública em Cuba leva as famílias que enfrentam uma situação de doença grave à desesperação. Após a covid, o sistema de saúde cubano entrou em crise e não conseguiu se recuperar. Hoje se sabe que o regime investe 14 vezes mais em turismo do que em saúde.
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