Vídeos relacionados:
Elizabeth González, uma mãe cubana de 27 anos residente em Villa Clara, fez um apelo desesperado através das redes sociais para solicitar ajuda humanitária para seu filho Lucian Roger Alba González, de dois anos.
O pequeno padece colestase hepática progressiva intrafamiliar maligna, uma condição rara que o torna o único caso reportado em Cuba com essa doença, informou González através do perfil de Nelson Álvarez, em Facebook.
Lucian precisa de um transplante de fígado, uma operação que atualmente não é realizada no país devido à falta de recursos.
O pequeno nasceu em Sancti Spíritus no dia 10 de setembro de 2022, sem complicações aparentes, mas desde então enfrentou um longo e complicado histórico médico.
Segundo explicou González, seu filho foi diagnosticado com colestase hepática progressiva intrafamiliar maligna, além de desnutrição crônica e hipoplasia do timo.
Ao longo de sua curta vida, foi hospitalizado em numerosas ocasiões devido a infecções respiratórias, miocardite, diarreias com acidose metabólica e outros problemas de saúde associados à sua doença.
Após múltiplos testes e tratamentos em hospitais de Villa Clara e Havana, os médicos conseguiram estabilizar seu estado com medicamentos como colestiramina e várias vitaminas, embora estes não curem a doença.
Segundo especialistas do hospital William Soler, o transplante de fígado é a única solução definitiva, mas Cuba atualmente carece dos recursos necessários para realizar essa operação.
A mãe relata que seu filho também necessita de constantes transfusões de sangue devido à baixa hemoglobina e enfrenta crises asmáticas. Toda essa situação leva a mãe a solicitar apoio para obter um visto humanitário que permita a Lucian ser operado no exterior, onde ele possa receber o tratamento de que precisa.
“O menino tem que viajar a Havana a cada três meses. Neste momento, seu fígado está aumentado em quatro centímetros além do tamanho normal, a bilirrubina sempre elevada e raramente apresenta coloração normal”, ressaltou a mulher angustiada.
“Os medicamentos apenas estabilizam sua doença, mas não a curam. Você precisa urgentemente do transplante, e não quero vê-lo piorar mais”, afirmou González.
A precariedade do sistema de saúde pública em Cuba leva a que muitos pais de crianças com doenças raras recorram às redes sociais em busca de apoio para obter tratamento no exterior através de vistos humanitários.
Em novembro passado, a burocracia cubana interrompeu mais um projeto de vida: Cristopher Olivera Santos, o menino órfão de Bayamo, perdeu seu visto humanitário porque o regime demorou a processar a custódia legal em favor de sua avó e o visto venceu.
O pequeno, de cinco anos, está há algum tempo aguardando uma operação para reparar os danos internos que sofreu ao ingerir ácido. Devido a esse incidente, ele se alimenta através de uma sonda.
Uma mãe cubana desesperada pela situação de saúde de seu filho pediu ajuda em agosto último para conseguir um visto humanitário que lhe permita viajar para os Estados Unidos para se tratar.
Arlety Llerena Martínez foi a CiberCuba para expor o caso de seu filho de sete anos, Jorge Esteban Reina Llerena, que foi diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda quando tinha um ano e nove meses de vida.
Perguntas frequentes sobre a situação de saúde em Cuba e a busca por ajuda humanitária
Por que Elizabeth González pede ajuda humanitária para seu filho Lucian?
Elizabeth González solicita ajuda humanitária para seu filho Lucian, que padece colestase hepática progressiva intrafamiliar maligna, uma doença rara que requer um transplante de fígado. Cuba não conta com os recursos para realizar essa operação, por isso a mãe busca um visto humanitário para que seu filho possa ser tratado no exterior.
Quais dificuldades o sistema de saúde cubano enfrenta para tratar doenças raras?
O sistema de saúde cubano enfrenta falta de recursos, insumos e pessoal especializado, o que dificulta o atendimento de doenças raras. Casos como o de Lucian Roger Alba González evidenciam a necessidade de tratamentos no exterior devido à impossibilidade de realizar procedimentos complexos, como transplantes, na ilha.
Quais outros casos de crianças cubanas necessitam de tratamentos médicos no exterior?
Exitem vários casos de crianças cubanas que precisam de tratamentos médicos fora do país, como Jorge Esteban Reina Llerena, diagnosticado com leucemia linfoide aguda, que necessita de um transplante de medula óssea, e Yoslany Herrera López, que sofre de fibrose cística e requer terapias avançadas que não estão disponíveis em Cuba.
Como a situação econômica e política em Cuba afeta a atenção médica dos pacientes?
A falta de recursos econômicos e a burocracia em Cuba afetam gravemente a atenção médica, especialmente para doenças complexas. Isso se traduz em carências de medicamentos, equipamentos médicos e pessoal especializado, obrigando as famílias a buscar ajuda internacional para tratamentos adequados.
Arquivado em: