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O Sistema Eletrico Nacional (SEN) de Cuba enfrenta uma situação crítica que pode levar a um novo apagão geral no país, devido ao alto número de unidades termelétricas que se encontram fora de funcionamento ou em manutenção.
A saída imprevista do SEN da central termoelétrica (CTE) Antonio Guiteras de Matanzas, ocorrida na véspera, deixa um panorama que muitos associam aos colapsos ocorridos recentemente, geralmente relacionados à desconexão da termoelétrica matancera, a mais importante do país.
Segundo a União Elétrica (UNE), neste sábado ocorreram interrupções no serviço das 06:44 horas da manhã até às 00:37 horas da madrugada, com um pico de afetação de 1.384 MW às 18:20 horas, coincidindo com o horário de maior demanda.
Em sua parte diário, a empresa estatal indicou que o número superou o planejado devido à saída de emergência da Guiteras, cuja reintegração ao SEN está prevista para quarta-feira, 22 de janeiro.
Atualmente, as unidades 5 e 8 da CTE Mariel estão fora de operação (com a unidade 8 em processo de reinício) e a unidade 2 da CTE Felton. A empresa liderada por Alfredo López Valdés não informou sobre o estado da termoelétrica de Nuevitas, que vinha relatando falhas contínuas e saídas imprevistas.
Estão em manutenção as unidades 2 e 3 da CTE Santa Cruz, a unidade da CTE Guiteras, as unidades 3 e 4 da CTE Cienfuegos e a unidade 5 da CTE Renté.
As limitações na geração térmica somam 275 MW. Além disso, 52 centrais de geração distribuída estão fora de serviço por falta de combustível, o que representa 276 MW a menos na capacidade de geração.
Para o horário de pico, prevê-se a entrada em funcionamento da unidade 8 da CTE Mariel, o que levaria a disponibilidade do SEN a 1.750 MW frente a uma demanda máxima de 3.100 MW, resultando em um déficit de 1.350 MW. Se essas condições se mantiverem, estima-se uma afetacão de 1.420 MW nesse horário.
Colapsos do SEN na memória recente dos cubanos
Desde outubro de 2024, Cuba tem enfrentado uma série de apagões massivos que demonstraram a vulnerabilidade do SEN. Os cortes de eletricidade afetaram várias províncias, gerando uma profunda crise energética que apenas se agrava apesar de remendos e promessas do regime cubano.
O primeiro dos apagões significativos ocorreu em outubro, quando uma falha na termoelétrica Antonio Guiteras deixou sem eletricidade grande parte do oeste do país.
Este incidente foi seguido por outro colapso em novembro, afetando toda a região oriental devido a falhas na termoelétrica Felton, localizada em Holguín. Durante dezembro, a situação tornou-se ainda mais crítica, registrando apagões gerais que deixaram milhões de cubanos sem serviço.
As províncias mais afetadas incluem Santiago de Cuba, Guantánamo, Holguín e Havana, onde a falta de eletricidade impactou serviços essenciais como hospitais, escolas e centros de telecomunicações. Em algumas regiões, os cortes de energia duraram mais de 24 horas.
As causas desses apagões têm sido atribuídas à falta de manutenção nas termoelétricas, à escassez de combustível e à falta de investimentos na infraestrutura elétrica do país. As autoridades indicaram que a crise se deve a problemas econômicos e dificuldades na aquisição de peças de reposição para as plantas geradoras.
No entanto, outros analistas apontam como causas da crise energética que atravessa o país as decisões e prioridades de investimento de um regime mais preocupado com o crescimento do setor turístico, e consideram que este "não conta nem com tempo nem com dinheiro" para resolver a crise.
Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba
Qual é a situação atual do sistema elétrico em Cuba?
O Sistema Elétrico Nacional (SEN) de Cuba enfrenta uma situação crítica devido a um alto número de unidades termelétricas avariadas ou em manutenção, o que ameaça provocar novos apagões gerais no país.
Quais usinas termelétricas estão afetadas por avarias e manutenção?
Atualmente, estão fora de operação as unidades 5 e 8 da CTE Mariel e a unidade 2 da CTE Felton. Em manutenção estão as unidades 2 e 3 da CTE Santa Cruz, a unidade da CTE Guiteras, as unidades 3 e 4 da CTE Cienfuegos e a unidade 5 da CTE Renté, o que limita significativamente a capacidade de geração elétrica em Cuba.
Como a falta de combustível afeta a crise energética em Cuba?
A falta de combustível deixou fora de serviço 52 centrais de geração distribuída, afetando 276 MW a menos na capacidade de geração. Isso agrava o déficit energético e aumenta a frequência de apagões no país.
Quais são as causas da crise energética em Cuba?
As causas da crise energética em Cuba incluem a falta de manutenção nas termoelétricas, a escassez de combustível e a falta de investimentos na infraestrutura elétrica. Analistas também apontam que o regime prioriza o setor turístico, deixando sem tempo nem dinheiro para resolver os problemas do sistema elétrico.
Como a crise energética afetou a população cubana?
A crise energética gerou apagões prolongados que afetaram serviços essenciais como hospitais e escolas. Em algumas regiões, os apagões duraram mais de 24 horas, impactando gravemente a qualidade de vida dos cubanos e provocando protestos e manifestações devido ao descontentamento social.
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