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A União Elétrica de Cuba (UNE), em seu comunicado sobre a situação do Sistema Elétrico Nacional (SEN) para este 17 de janeiro de 2025, destaca sérias afecções no serviço elétrico devido a um acentuado déficit de geração.
Na quinta-feira, o fornecimento de energia elétrica foi afetado das 09:01 da manhã até às 11:22 da noite. A maior interrupção atingiu 1.554 MW às 18:30 horas, coincidindo com o horário de maior demanda. A cifra superou o previsto devido à saída inesperada das unidades 1 da CTE Santa Cruz e 5 da CTE Nuevitas, que aumentaram a pressão sobre o sistema.
Panorama atual do SEN
Às 07:00 horas desta sexta-feira, a disponibilidade do SEN era de 1.750 MW, enquanto a demanda chegava a 1.950 MW, o que resultou em uma afetacão imediata de 260 MW. Para o meio-dia, estima-se que a afetacão possa aumentar para 750 MW.
Atualmente, o SEN enfrenta múltiplas complicações devido a unidades avariadas e em manutenção, além das limitações na geração térmica que chegam a 310 MW.
Unidades averiguadas:
- Unidade 8 da CTE Mariel.
- Unidade 5 da CTE Nuevitas.
- Unidade 2 da CTE Felton.
Unidades em manutenção:
- Unidades 2 e 3 da CTE Santa Cruz.
- Unidades 3 e 4 da CTE Cienfuegos.
- Unidade 5 da CTE Renté.
Situação crítica devido ao déficit de combustível em Cuba
Uma parte significativa da geração distribuída está fora de operação devido à falta de combustível. No total, 432 MW estão indisponíveis. Isso inclui:
- 38 centrais de geração distribuída, com uma capacidade de 215 MW.
- A patana de Melones (170 MW).
- A patana de Regla (47 MW).
Para o horário de maior demanda, espera-se a reincorporação da unidade 8 da CTE Mariel com 70 MW, o que elevaria a disponibilidade a 1.820 MW em frente a uma demanda máxima estimada de 3.300 MW. Isso resultaria em um déficit de 1.480 MW, afetando potencialmente 1.550 MW de serviço durante o pico.
A UNE recomenda à população e às instituições que adotem medidas de economia e fiquem atentas aos horários de afetacão planejados.
Crise energética em Cuba e seu impacto na população
A crise energética que atinge Cuba desde 2020 afeta gravemente a qualidade de vida dos cidadãos, que enfrentam apagões diários que se prolongam por horas.
A falta de geração elétrica confiável e a incapacidade do governo em implementar soluções eficazes têm gerado um profundo descontentamento na população.
Os constantes cortes de eletricidade afetam não apenas a rotina diária dos cubanos, mas também serviços básicos como atendimento médico, abastecimento de água e conservação de alimentos.
Apesar das promessas oficiais de melhorias no setor, a falta de investimento, o deterioramento da infraestrutura e os constantes problemas de abastecimento de combustível têm perpetuado a crise, tornando os apagões uma dolorosa constante na vida da ilha.
Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba
Qual é o déficit atual de geração elétrica em Cuba?
O déficit atual de geração elétrica em Cuba supera os 1.500 MW, afetando gravemente o fornecimento de energia durante os horários de pico. Isso se deve à falta de capacidade para atender à demanda nacional, que supera amplamente a disponibilidade de geração.
Quais fatores estão contribuindo para os apagões em Cuba?
Os apagões em Cuba são causados principalmente pela indisponibilidade de várias unidades termoelétricas devido a falhas e manutenções, assim como pela falta de combustível que afeta as centrais de geração distribuída. Estas limitações impedem atender adequadamente à demanda elétrica do país.
Como os apagões estão afetando a população cubana?
Os apagões impactam significativamente a vida diária dos cubanos, dificultando atividades essenciais como a preparação de alimentos e o uso de eletrodomésticos. Além disso, geram frustração e descontentamento social, especialmente vésperas de eventos importantes como as festas de Natal.
O que está sendo feito para resolver a crise energética em Cuba?
Até o momento, as medidas implementadas pelo governo cubano têm sido insuficientes para resolver a crise energética. Não foram estabelecidas soluções efetivas a longo prazo, e a população continua sofrendo os efeitos dos apagões, o que levou a um crescente descontentamento e protestos em diversas regiões.
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