Governo pede a familiares de desaparecidos em Holguín que mantenham “viva a esperança” após explosão

O governo de Rafael Freyre pediu "manter viva a esperança" após a explosão em Holguín que deixou 13 desaparecidos, em um comunicado que destaca o habitual hermetismo informativo.

Explosión en Melones, Holguín © Collage Facebook / CubaNet
Explosão em Melones, Holguín Foto © Collage Facebook / CubaNet

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As autoridades locais do município de Rafael Freyre emitiram uma mensagem de solidariedade nesta quarta-feira, após a trágica explosão ocorrida em um armazém de material de guerra na localidade de Melones, Holguín, que deixou 13 pessoas desaparecidas.

Na declaração publicada em Facebook, instaram os familiares das vítimas e a comunidade a manter “viva a esperança” em meio à angústia e incerteza, apesar do habitual hermetismo na comunicação oficial.

Captura do Facebook / Ampp Rafael Freyre Holguin

"Sabemos que a angústia de não saber o paradeiro dos entes queridos é um peso imenso, e queremos que saibam que nossos pensamentos e esperanças estão com vocês", expressa o comunicado.

Além disso, o texto destacou a importância do apoio mútuo e da força coletiva nesses momentos difíceis, embora tenha evitado fornecer detalhes sobre as pessoas desaparecidas ou os avanços no acesso ao local da explosão.

Em sua mensagem, as autoridades locais reiteraram sua disposição para oferecer apoio emocional e assistência aos familiares afetados pela tragédia: “Pedimos que se apoiem mutuamente e busquem consolo no amor de quem os rodeia. Juntos, podemos enfrentar esta adversidade e manter a fé,” concluiu o comunicado.

O incidente, registrado na madrugada de terça-feira, foi provocado por um incêndio enquanto eram classificadas munições envelhecidas, segundo relatou o Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (MINFAR).

As explosões deixaram 13 pessoas desaparecidas, incluindo dois militares com o posto de major, dois segundos sargentos e nove soldados. Até o momento, o MINFAR não confirmou oficialmente o falecimento de ninguém.

Imagens que circularam nas redes sociais após a explosão mostraram a magnitude da explosão, o que gerou preocupação na região.

Os familiares dos desaparecidos e a população local aguardam com incerteza os resultados das atividades de busca e os relatórios oficiais sobre o que aconteceu.

O governante cubano, Miguel Díaz-Canel, expressou nesta terça-feira suas condolências ao povo e ao Governo da China pelas vítimas de um terremoto no Tibete, antes de se referir ao incêndio ocorrido em um armazém do MINFAR em Holguín.

"Expressamos nossa solidariedade ao povo, ao Partido e ao Governo da China pela lamentável perda de vidas humanas e pelos danos ocasionados pelo forte terremoto na região autônoma do Tibete. Nossos sentimentos às famílias e amigos das vítimas", tuitou de madrugada o também primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba (PCC).

Posteriormente, por volta do meio-dia (mais de seis horas após as primeiras informações sobre as explosões no arsenal das FAR), Díaz-Canel fez sua primeira referência pública ao sucedido e lamentou o trágico acontecimento ocorrido em Holguín, manifestando sua solidariedade com “as famílias das 13 pessoas desaparecidas”.

"Lamentamos profundamente o incêndio ocorrido em um armazém do MINFAR, em Melones, município holguinense de Rafael Freyre. Nos solidarizamos e acompanhamos as famílias das 13 pessoas desaparecidas. É dada total atenção ao que aconteceu lá e as causas estão sendo investigadas", expressou o governante.

Perguntas frequentes sobre a explosão em Holguín e a resposta do governo cubano

O que ocorreu no arsenal militar de Holguín?

O incidente aconteceu devido a um incêndio enquanto se classificavam munições envelhecidas, o que provocou uma explosão no depósito de material de guerra em Melones, Holguín. Como resultado, 13 pessoas estão desaparecidas, incluindo militares e jovens soldados.

Qual tem sido a resposta do governo cubano diante da explosão em Holguín?

O governo expressou solidariedade às famílias afetadas, mas foi criticado pela lentidão em sua resposta pública. O presidente Díaz-Canel primeiro expressou condolências por um terremoto na China antes de se referir ao acontecimento em Holguín, o que gerou indignação nas redes sociais.

Por que houve indignação entre a população cubana após a explosão?

A indignação vem da percepção de falta de transparência e priorização por parte do governo. Além disso, o fato de que os desaparecidos incluam jovens recrutas do Serviço Militar intensificou o descontentamento, uma vez que é considerado uma repetição de tragédias anteriores em que jovens perderam a vida em situações semelhantes.

Quais medidas foram tomadas após a explosão no armazém de Holguín?

Mais de 1.200 pessoas foram evacuadas das áreas próximas ao incidente como medida preventiva. As autoridades continuam investigando as causas do incêndio e avaliando os danos ao patrimônio.

Qual tem sido a cobertura midiática sobre a explosão em Holguín?

A cobertura midiática tem sido limitada e criticada pela sua falta de profundidade. A imprensa oficial tem sido acusada de secretismo e de não fornecer informações claras, o que gerou especulações e desconfiança entre a população.

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Redação de CiberCuba

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