Prendem em Ciego de Ávila o suposto assassino de uma jovem cubana

O suposto feminicídio ocorreu na madrugada da sexta-feira passada.

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Um homem foi preso no município de Morón, na província de Ciego de Ávila, como suposto responsável pelo assassinato de uma jovem de apenas 25 anos, conforme relatado pelo perfil oficialista do Facebook "Avileños de coração".

A fonte revelou que na madrugada da última sexta-feira, um indivíduo identificado como Asiel Aquino Hidalgo bateu à porta da casa de uma jovem chamada "Doralis" com o objetivo de "agredi-la".

"Sua ira foi tão violenta que a deixou sem vida", acrescentou o meio oficial, que precisou que o agressor conseguiu se esconder apenas por algumas horas antes de ser capturado pela polícia.

"Avileños de coração" não especificou o vínculo que unia a vítima e seu agressor, limitando-se a indicar que ele tirou a vida da mulher "por ciúmes".

O suposto feminicídio ocorreu na ilha de Turiguanó, no município de Morón, em Ciego de Ávila.

"Como costuma acontecer nesses casos, a rápida ação da polícia e dos moradores de Manatí, no conselho popular Turiguanó, do município de Morón, possibilitou a captura do assassino em apenas 12 horas", concluiu a fonte, que não forneceu outros detalhes nem tratou o caso como "feminicídio", atitude recorrente na mídia oficial cubana, que evita o termo.

Captura do Facebook/Avileños de Coração

Até o fechamento desta nota, plataformas feministas não se pronunciaram sobre o caso que, se confirmado como feminicídio, elevaria para 46 o número de mulheres assassinadas neste ano em decorrência da violência de gênero.

No dia 4 de novembro, as plataformas YoSíTeCreo em Cuba e o Observatório de Gênero Alas Tensas elevaram para 45 o número de feminicídios verificados até agora no ano, ao qual se somam cinco tentativas de feminicídio, seis casos que necessitam de acesso à investigação policial e dois assassinatos de homens por motivos de gênero.

Em agosto, o regime revelou que em 2023 foram julgados em tribunais 60 casos de homicídios de mulheres de 15 anos ou mais por motivos de gênero, dos quais 50 (83,3%) foram assassinadas por seus parceiros ou ex-parceiros, e o restante por outros agressores, segundo dados do Observatório de Cuba sobre Igualdade de Gênero.

Também foram julgados 378 casos de violência sexual e um número não especificado de mulheres ficou com lesões após ataques de suas ex-parceiras.

No Código Penal cubano, o feminicídio não está tipificado como crime, e também não são utilizados os termos "feminicídio" ou "crime machista".

A oficialista Federação de Mulheres Cubanas (FMC) reconheceu que mais de 16.000 mulheres e meninas, de 9.579 famílias, vivem em situação de violência no país.

O governo criou em julho um sistema nacional de registro, atendimento, acompanhamento e monitoramento dos casos de violência de gênero no âmbito familiar.

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