A mais de uma semana do apagão geral que deixou toda a Cuba sem eletricidade, as interrupções no serviço de água persistem no município de San Miguel del Padrón, particularmente no Conselho Popular San Francisco de Paula, informou neste sábado a empresa estatal Aguas de La Habana.
De acordo com o comunicado da empresa no Facebook, o fornecimento de água tem sido irregular devido às interrupções diárias de eletricidade no Impulsor de Loma del Cielo, o que tem impedido a restauração do serviço nesta área de Havana.
Para mitigar os efeitos da escassez, os serviços essenciais do município estão sendo abastecidos através do envio de caminhões-pipa, embora o serviço seja insuficiente para atender a todas as necessidades da população, detalhou a entidade estatal.
O colapso do sistema elétrico no país, que deixou Cuba sem energia por cinco dias, gerou afetos críticos em diversas províncias.
No leste da ilha, várias comunidades continuam sem eletricidade e em um caos humanitário sem precedentes causado pelas inundações associadas ao furacão Oscar, que atingiu a nação caribenha no dia 20 de outubro.
Em Matanzas, a falta de eletricidade impediu a refrigeração do leite destinado a mais de 11.200 crianças, o que fez com que o alimento se deteriorasse e não pudesse ser distribuído em condições adequadas, de acordo com declarações de Eddy González Hernández, diretor geral da Empresa Provincial de Produtos Lácteos.
González detalhou que o fornecimento de leite foi comprometido especialmente nos municípios de Matanzas, Colón e Cárdenas, enquanto as autoridades tentam retomar a entrega nas áreas mais afetadas, como a rota de Peñas Altas.
A falta de leite em pó para substituir o produto fresco agravou a situação, afetando a dieta de crianças, idosos, gestantes e pacientes com dietas médicas específicas.
Durante o recente apagão, milhares de lares em Cuba enfrentaram a perda de alimentos básicos devido à falta de refrigeração, enquanto os cortes de energia na ilha continuam sendo uma realidade diária, com um déficit de geração elétrica estimado em mais de 1.000 MW durante o horário de pico.
Somado a isso, quase 400 mil pessoas na capital do país não têm acesso a um serviço contínuo de água potável há vários anos.
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