Enorme vazamento no Vedado em plena crise de água.

No ano passado, o regime reconheceu que na ilha havia mais de 4000 vazamentos, dos quais 2000 estavam em Havana.

Salidero en El Vedado © Facebook / Maya Quiroga
Salidero em El VedadoFoto © Facebook / Maya Quiroga

A jornalista Maya Quiroga denunciou no Facebook um enorme vazamento de água na interseção das ruas Línea e 10, no Vedado, Havana, em meio a uma aguda crise de fornecimento de água potável que afeta a capital.

“Sigue brotando o água das nascentes da rua Linha e 10”, expressou o internauta, em uma reclamação que se soma às de outros residentes no citado bairro habanero desde setembro.

No final do mês passado, a cubana Mirtha Fernández, residente do edifício 510 no Vedado, também utilizou as redes para denunciar as dificuldades que ela e seus vizinhos enfrentam para acessar a água.

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A despeito das promessas das autoridades e da empresa estatal Aguas de La Habana, o fornecimento continua irregular, afetando principalmente idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

A situação piorou desde julho, quando uma avaria nas linhas elétricas que alimentam a Bacia Sul, uma das principais fontes de abastecimento de água da cidade, agravou ainda mais a crise em áreas como El Vedado.

A despeito dos esforços anunciados pelas autoridades, os vazamentos de água persistem.

Em março de 2023, o Instituto Nacional de Recursos Hidráulicos (INRH) reconheceu que existem mais de 4.000 vazamentos em todo o país, dos quais mais de 2.000 estão na capital.

Apesar das declarações oficiais de que estão trabalhando para resolver esses problemas, os vazamentos e as interrupções no abastecimento de água continuam afetando centenas de milhares de pessoas: somente em Havana, mais de 300 mil residentes dependem de caminhões-pipa para se abastecer de água potável.

A falta de água potável não está apenas gerando problemas logísticos para os cidadãos, mas também problemas de saúde.

A acumulação de água nas ruas cria condições insalubres e facilita a propagação de doenças como a dengue e a febre do Oropouche.

Além disso, o custo dos serviços de caminhões-pipa privados é inacessível para muitos residentes, o que deixa grande parte da população em uma situação de vulnerabilidade.

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